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Indígenas do rio Tapauá, no AM, fazem população do pirarucu aumentar 631%

Brasil Norte Comunicação - bncamazonas.com.br
09 de Dez de 2021

Para o manejo sustentável, os indígenas têm apoio do projeto Raízes do Purus, que conta com patrocínio da Petrobrás

A população de pirarucu cresce 631% nas terras indígenas Paumari, no rio Tapauá, no sul do Amazonas. Com manejo sustentável e vigilância territorial, indígenas ajudam a recuperar espécie que corre risco de extinção.

Esse crescimento é em 12 anos de atividade. Enquanto em 2009 foram contados 251 peixes, neste ano a população de pirarucu chegou a 1.835. E isso é o resultado de apenas 16 lagos monitorados no período.

Para o manejo sustentável, os indígenas têm apoio do projeto Raízes do Purus, que conta com patrocínio da Petrobrás.

Muito consumido na região Norte, o pirarucu está ameaçado de extinção pela pesca predatória, e não é mais encontrado em diversos locais da Amazônia.

Iniciativas de manejo, como a dos paumaris, têm papel fundamental na recuperação do maior peixe de escama de água doce do mundo. O peixe pode chegar a três metros de comprimento e quase 300 quilos.

Regras de captura
Desde 1996, quando, em resposta ao quase desaparecimento da espécie, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) proibiu a captura e comercialização do pirarucu no Amazonas, a sua pesca foi limitada a áreas de manejo sustentável, autorizadas pelo órgão.

O método do manejo tem como pilares a organização comunitária, a vigilância territorial, e o monitoramento dos estoques de pirarucu.

Também são controlados o período da pesca - limitada à época de seca, entre setembro e novembro -, e a quantidade e o tamanho dos peixes cuja captura é autorizada - a cada ano, as comunidades recebem a autorização do Ibama para pescar uma cota de 30% da população adulta de pirarucu, com no mínimo um metro e meio de comprimento.

As regras garantem que, mesmo com a pesca, a espécie consiga recuperar e aumentar a sua população por meio da reprodução natural.

A vigilância dos territórios envolve a maioria das famílias, que se alternam em turnos de uma semana nas bases flutuantes, nos períodos de maior ocorrência de invasões.

Desde 2013, os paumaris realizam, uma vez por ano, a pesca da cota de pirarucu autorizada pelo Ibama. Essa parte é comercializada e gera renda para as comunidades investirem na vigilância e em itens que melhoram a sua qualidade de vida.

Saiba mais sobre o Raízes do Purus no portal da Unisinos.

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