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Indígenas debatem a criação de cooperativas

A Tarde-Salvador-BA
28 de Ago de 2001

As potencialidades indígenas e o desenvolvimento sustentável da comunidade pataxó. Estes foram alguns dos temas debatidos em Coroa Vermelha durante um seminário que reuniu lideranças de todas as aldeias, representantes do Ministério da Cultura, do Instituto Huah, da Funai, das prefeituras de Santa
Cruz Cabrália e Porto Seguro e de ONGs ligadas à causa indígena. A formação de
cooperativas de produção e comercialização, uma maior aproximação dos índios com a renda
gerada pelo turismo e uma capacitação específica para os pataxós foram algumas das
soluções apontadas pelos representantes da Social Democracia Sindical durante o evento.
A aldeia de Coroa Vermelha recebeu investimentos recentes do governo federal em função das
comemorações dos 500 anos do Brasil para a construção do Conjunto Cultural Pataxó,
formado pela escola indígena, museu, centro de pesquisa e documentação indígena, posto de
saúde e laboratório de ervas medicinais, além da construção do centro comercial. O Conjunto
Cultural, inclusive, foi construído após longas discussões entre os pataxós, que determinaram
as características da obra, e os representantes do Ministério da Cultura, principalmente o
embaixador Wladimir Murtinho.
Depois da construção dos espaços físicos começaram alguns problemas quanto ao uso da
infra-estrutura disponível, uma vez que os recursos não foram destinados para o funcionamento
dos serviços criados. Os pataxós não foram capacitados para trabalhar com os novos
equipamentos e nem existe um modelo de gestão que garanta a auto-sustentabilidade da
comunidade.
Temos muitas coisas a concluir para que as ações não fiquem só no papel, destacou a índia
pataxó Luzia, vereadora no município de Santa Cruz Cabrália. Ressaltou que no trabalho das
aldeias a força das mulheres é significante.

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