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Indígenas continuam fazendo reivindicações em Boa Vista

Folha BV
26 de Out de 2016

Cerca de 300 indígenas de diversas etnias de Roraima protestaram ontem, pelo segundo dia seguido, em Boa Vista. Pela manhã, a manifestação foi na Praça do Centro Cívico, em frente ao Palácio do Governo. À tarde, eles caminharam pela avenida Ville Roy, no Centro; passaram pela avenida Capitão Júlio Bezerra, no bairro São Francisco, zona Norte; pararam na frente da Justiça Federal, terminando na sede do Ministério Público Federal (MPF). O grupo reivindicava melhorias na educação e na saúde, protestando contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241.

Pela manhã, os manifestantes impediram o tráfego pela Praça do Centro Cívico, usando cartazes e fazendo dança tradicional. À tarde, eles foram acompanhados por carros de som e fizeram gritos de protesto. A passagem de veículos não foi interrompida, pois eles caminhavam pelos canteiros e calçadas.

Ao final do protesto, as lideranças entregaram uma pauta de reivindicações ao MPF, na qual constam pedidos de reformas em prédios escolares, entrega de materiais didáticos e a manutenção do Distrito Sanitário Especial Indígena DSEI-Leste, responsável pela saúde dos povos indígenas. O objetivo do grupo é que o documento seja encaminhado para o presidente da República, Michel Temer (PMDB), como resposta das etnias roraimenses sobre a PEC 241, que congela gastos em saúde e educação por 20 anos.

O estudante Giovani de Oliveira, da etnia Macuxi da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, disse que desde o julgamento que culminou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em setembro deste ano, as etnias ficaram preocupadas com o rumo orçamentário tomado pelo atual presidente. O protesto também chama a atenção das autoridades. "A gente quer que o governo faça alguma coisa pelo povo. Só estamos reivindicando nossos direitos", disse.

Governo

A Folha entrou em contato com a Secretaria de Comunicação do Governo do Estado, que informou que a Secretaria de Educação e Desportos (Seed) enviou uma equipe da Seinf (Secretaria Estadual de Infraestrutura) realizar um relatório com todas as escolas que precisam ser revitalizadas.

A Seed ressaltou ainda que todas as escolas receberam livros didáticos, exceto escolas que ficam em áreas de voos. Os livros didáticos tem a duração de três anos, mesmo assim todo inicio de ano as escolas recebem a complementação desses livros.

http://folhabv.com.br/noticia/Indigenas-continuam-fazendo-reivindicacoe…

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