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Indígena que é contra a exploração de petróleo no Acre deve ser candidato a deputado federal

ContilNet Notícias - http://www.contilnetnoticias.com.br
16 de Dez de 2013

Ele conta que já enfrentou coisas maiores em sua vida, e que apesar das 'cobras' em seu caminho, nada destruirá seu foco.

"O petróleo nos assusta". Com essas palavras, o índio Haru Kuntanawa definiu a chegada de empresas dispostas a explorar petróleo e gás de xisto no Acre. É que, de acordo com informações do coordenador do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Lindomar Padilha, os índios teriam sido enganados pelo governador Tião Viana, quando este disse que os territórios indígenas não seriam afetados pela exploração de petróleo e gás natural.

Informações dão conta de que um bloco arrematado pela Petrobras, o bloco AC-T-8, se encontra a 12 e 39 metros, respectivamente, dos territórios dos índios Poyanawa e Nukini. Por conta disto, Haru afirma que se mobilizará para que prejuízos aos indígenas não aconteçam:

"Estive agora na presidência da Câmara, pedindo por tudo que é mais sagrado, que o presidente e a bancada não deixassem isso acontecer". Segundo ele, não há muito que se fazer, a não ser esperar:

"Veja, os lotes já estão sendo leiloados e vamos esperar acabar com tudo (sic) para nos mobilizar? Isso é triste, meu caro mestre".

Por conta disto, o índio já planeja alçar voos maiores e defender seu povo. Uma das pretensões de Haru é uma cadeira em Brasília:

"Estou democratizando, pedindo o apoio para esta tomada de decisão, mas os dados maiores apontam para [candidatura] a pré deputado federal". Segundo ele, não há nada a perder:

"Estou pronto para qualquer uma das batalhas, se for por uma cadeira em Brasília".

Na publicação de Haru no facebook ele conta que já enfrentou coisas maiores em sua vida, e que apesar das 'cobras' em seu caminho, nada destruirá seu foco:

"Já enfrentei os oceanos para defender nosso povo e a forma de vida na floresta, por que temer o planalto se o solo é de cristal?". E completa: "tudo bem que vamos encarar algumas cobrinhas venenosas (sic) lá, mas isso é o de menos, afinal somos o povo da medicina e da jiboia; vamos à luta com amor e alegria, coragem e determinação!".

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