VOLTAR

Índia brasileira ganha prêmio internacional de direitos humanos

BBC-Londres-UK
08 de Mar de 2004

Joênia se disse surpresa com o prêmio

Uma brasileira foi escolhida entre os vencedores de um prêmio anual de direitos humanos concedido pela multinacional de calçados e artigos esportivos Reebok.
Joênia Batista de Carvalho, 30 anos, advogada indígena que atua em projetos educionais e milita pela demarcação de terras indígenas em Roraima, é uma das premiadas.

Ela coordena o departamento jurídico do Conselho Indígena de Roraima e pertence ao povo Wapixana.

"Não é um reconhecimento da Joênia, mas dos povos indígenas", afirmou a advogada, que se disse "surpresa até de ter sido indicada".

Dia da Mulher

O anúncio, feito no Dia Internacional da Mulher, inclui outras duas mulheres: Yinka Jgede-Ekpe, nigeriana portadora do vírus HIV que atua no combate à Aids na África, e Vanita Gupta, americana que luta contra o racismo no sistema judicial dos Estados Unidos.

Além delas, o ativista afegão Nader Nadery, que já foi preso por três distintos regimes em seu país, foi premiado por sua atuação na defesa dos direitos humanos.

"Ao lutar pelos direitos dos vulneráveis, esses heróis demonstram uma coragem impressionante, perspicácia e persistência. E eles nos inspiram a abrir os olhos para o trabalho que precisa ser feito para defender os direitos humanos no mundo", disse num comunicado Paul Fireman, diretor-executivo da Reebok International.

O prêmio de US$ 50 mil (cerca de RS$ 145 mil) é concedido todos os anos a ativistas de no máximo 30 anos de idade cuja atuação no campo dos direitos humanos é destacada.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.