VOLTAR

Incra irá pedir à PF para investigar ONG suspeita

A Folha – Boa Vista - RR
15 de Mai de 2001

O superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Aldenor Fernandes, afirmou que iria pedir ainda na tarde de ontem à Polícia Federal que investigasse a atuação do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), uma organização não governamental que há algum tempo vem criando problemas para o órgão.Dessa vez a ONG identificou em parceleiros do Incra residentes no Projeto de Assentamento Amônia, localizado nas proximidades da cidade de Marechal Thaumaturgo, como sendo índios pertencentes da tribo indígena Apolymas e os incitou, de acordo com Aldenor Fernandes, a requererem que o projeto de assentamento fosse transformado em reserva indígena. O Incra solicitou uma pesquisa sobre os integrantes da nova tribo e descobriu que o cacique, Francisco Siqueira, assim como os demais, tem descendência branca com índios Jamynawa Araras. Estas mesmas pessoas, em 1977, se recusaram a serem considerados índios e agora com os benefícios oferecidos pela Funai e incitados pela ONG, criaram esta nova etnia, antes desconhecida por todos. Estou solicitando à Polícia Federal que faça uma investigação para descobrir de quem esta organização está a serviço e qual seu poder de atuação. Estas pessoas não verão um palmo de terra que foi destinada para projeto de assentamento ser transformada em reserva indígena, enfatiza Aldenor.Ainda segundo o superintendente, o CIMI criou um clima de instabilidade dentro do projeto, tanto que teve que se dirigir ao local na semana passada para se reunir com os que estão reivindicando a reserva indígena. Os integrantes dessa ONG garantiram aos parceleiros que uma equipe da Fundação Nacional do Índio (Funai), irá se deslocar já esta semana ao local para providenciar a demarcação da área, para em seguida ser transformada em reserva indígena. Ao todo 260 famílias estão assentadas no PA Amônia. Desses, apenas 17 estão reivindicando a mudança.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.