Incêndios florestais em pauta

O período mais seco do ano no Distrito Federal se aproxima e com ele, a preocupação dos órgãos ambientais em evitar os incêndios florestais e preparar profissionais para combatê-los. Nessa época do ano, este tipo de incêndio torna-se mais frequente em decorrência da baixa umidade do ar e dos ventos fortes.
O assunto está sendo discutido no XII Fórum do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Distrito Federal que começou ontem e termina hoje, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Por meio de palestras e discussões, o Instituto Brasília Ambiental (IBRAM), vários órgão ambientais e o Corpo de Bombeiros Militar do DF pretendem minimizar os impactos das queimadas na região do Distrito Federal.
Os incêndios florestais representam desequilíbrio ambiental, perda de fertilidade do solo, poluição, destruição das redes de eletricidade , acidentes rodoviários além de vários outros problemas. De acordo com o IBRAM, como esta época é propícia para que ocorram naturalmente as queimadas, as pessoas devem ficar mais atentas e tomar os devidos cuidados para não provocar o fogo que pode partir, por exemplo, de uma ponta de cigarro, balões ou fogos de artifício. Atear fogo no lixo doméstico, além de ser um grave problema ambiental, também pode se transformar em uma grande queimada difícil de ser controlada.
Segundo o diretor de unidades de conservação do órgão, Paulo César Magalhães, no DF existem 80 unidades de preservação ambiental e ocorrências de incêndios florestais são uma ameaça para estes locais. Por isso, próximos a eles estão sendo realizadas campanhas de educação ambiental com os moradores com o objetivo de homogeneizar as informações sobre a queima para a rebrota de pastagens e queima para plantios que devem ser feitas com monitoramento de especialistas.
Paulo César comenta também sobre a falta de recursos. "Uma das principais preocupações é que esta não é uma área muito privilegiada com recursos financeiros inclusive para a compra de equipamentos de combate aos incêndios", revela.

Corpo de Bombeiros inicia o programa Verde Vivo

Com o início da seca, os profissionais do Corpo de Bombeiros iniciam também uma operação com campanhas educativas e preparação para o combate aos incêndios. "Verde Vivo" é o nome do programa que está focado basicamente na prevenção, combate, perícia e defesa civil.
Segundo o comandante da companhia de combate a incêndios, Ricardo Viana, no DF existem 10 unidades de distribuição das brigadas contra incêndios. No ano de 2009, 150 militares estavam sempre de prontidão para atender aos chamados em locais incendiados. O corpo de bombeiros conta com 14 auto rápidos florestais, três viaturas de combate ao fogo, além de viaturas administrativas e duas aeronaves.
Ele diz ainda que, no ano de 2009, o corpo de bombeiros atendeu 2.063 ocorrências, feitas no período de maio a setembro e que a atenção deve ser redobrada nesses meses e, principalmente, em agosto. Viana citou ocorrências na Chapada Imperial, Núcleo Rural de Planaltina e Reserva Ecológica Águas Emendadas. "Não é tarefa fácil combater um incêndio florestal pois eles possuem comportamento até certo ponto imprevisíveis. Quem comanda é o vento, o combate é complexo e exige responsabilidade, preparo físico e equipamentos de proteção individual", comenta o comandante.
O XII Fórum do plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais no Centro de Convenções Ulysses Guimarães segue hoje das 08 às 17h40, e será aberta para toda a população.

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