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Autor: Alan Chaves
29 de Nov de 2018
O incêndio que destruiu medicamentos e equipamentos destinados a 50 mil indígenas atendidos pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Leste Roraima causou um prejuízo avaliado em R$ 6 milhões aos cofres da União. A estimativa foi divulgada nessa quarta-feira (28), uma semana depois, pelo coordenador do distrito, Joseilson Câmara.
Centro de saúde responsável por atender 325 comunidades indígenas no Norte e parte do Sul de Roraima, a sede do DSEI-L ficava no bairro 13 de Setembro, zona Sul de Boa Vista. A Polícia Federal investiga o incêndio de grandes proporções.
"Ali tinha um trabalho de três anos atendendo as comunidades indígenas. Eu vi um sonho de 50 mil indígenas ser destruído pelo fogo. O material ali iria trocar a mobília de postos de saúde em várias comunidades", disse o coordenador do DSEI.
Só em medicamentos o prejuízo estimado por Câmara é de R$ 3,7 milhões. O volume era grande no depósito porque um carregamento havia chegado de Brasília dois dias antes do acidente.
As chamas queimaram ainda material médico hospitalar, mobília que substituiriam as antigas em dezenas de comunidades indígenas também foram perdidas. Cargas de gás e cilindros de oxigênio ficaram irrecuperáveis. O incêndio foi o maior predial ocorrido este ano em Roraima, estimaram os Bombeiros.
Com tudo destruído na sede e sem possibilidade de retorno por conta da estrutura comprometida, servidores e funcionários terceirizados foram distribuídos em quatro prédios na capital. Agora, a gestão trabalha na escolha e análise na locação de um novo prédio.
Embora a destruição tenha sido grande, de acordo com o coordenador do Dsei, nenhuma comunidade chegou a ser afetada porque o distrito recebeu ajuda e doações de prefeituras locais e também do DSEI Yanomami.
"Nossas equipes atuam nessas comunidades com revezamento a cada 20 dias, então por isso não houve um prejuízo maior às comunidades, porque eles [servidores] já estavam para lá quando o incêndio ocorreu", explicou Câmara.
O fogo que destruiu o centro iniciou na madrugada da última quarta-feira (21). Lá eram armazenados medicamentos, mobílias, radiofonia de comunicação com comunidades indígenas e outros equipamentos. Segundo o Corpo de Bombeiros, pouca coisa foi recuperada. No local restam apenas metal retorcido e os demais materiais queimados.
Joseilson Câmara disse que foi avisado do incêndio por volta das 4h da manhã e encontrou o prédio em chamas. Os Bombeiros já estavam no local e tentavam conter o fogo. A operação de combate ao incêndio só encerrou 15 horas depois, na tarde do mesmo dia.
A Polícia Federal entrou no caso e iniciou ainda no dia do incêndio uma investigação para apurar o que causou as chamas. A assessoria de comunicação da PF foi procurada para saber o andamento do caso e se já existe alguma suspeita do que possa ter provocado o incêndio e a reportagem aguarda retorno.
https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2018/11/29/incendio-que-destrui…
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