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Autor: Junior Costa
22 de Jul de 2015
Chamas consumiram área equivalente a 15 campos de futebol.
Fogo em área de preservação permanente chegou em Maricá, no RJ.
Foi controlado o incêndio no Parque Estadual da Serra da Tiririca, situado entre Niterói e Maricá, no interior do Rio. O Corpo de Bombeiros calcula que as chamas tenham consumido uma área de 15 hectares, o equivalente a 15 campos de futebol de vegetação rupestre e típica de costões rochosos. O incêndio foi inciado por uma balão que caiu na mata, segundo o comandante da Cicca, coronel José Maurício Padrone.
A área do parque é de preservação permanente, segundo Padrone, da Coordenação Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), da Secretaria de Estado do Ambiente. Equipes vão vistoriar o local para saber se será preciso de fazer rescaldo na área afetada, o que não deve ser necessário por conta da chuva que caiu na noite de terça-feira e na manhã desta quarta-feira (22).
"O prejuízo ambiental foi grande, mas poderia ter sido muito pior. As chamas chegaram muito perto de casas. Calculamos que uma área de 15 hectares foi consumida, mas vamos vistoriar o parque depois que a chuva der uma trégua", relatou o coronel.
Padrone disse que o parque é uma unidade de proteção total, de Mata Atlântica, onde estão nascentes e espécies da fauna e flora brasileira. O coronel contou que a água de piscinas foi usada para combater as chamas.
"Em 30 anos de serviço nunca vi tamanha integração e compromisso para salvar uma área de vegetação. Antes, quando o Corpo de Bombeiros não ia ao local, as pessoas deixavam queimando. Hoje vemos um comprometimento enorme. Usamos bombas de alta sucção para captar água das piscinas das casas próximas para impedir que as chamas atingissem as residências. Mas uma coisa precisa ficar bem clara: é inadmissível que balões continuem sendo soltos", completou o comandante.
De acordo com dados do Comando de Policiamento Ambiental (Cpam) da Polícia Militar, de janeiro a julho deste ano foram apreendidos quase 500 balões. No período de estiagem, que vai de abril a outubro, com ventos mais frios e pouca umidade do ar, os balões alcançam maior altura e distância, e aumenta muito o risco de provocarem incêndios florestais.
De acordo com a legislação ambiental, provocar incêndio em florestas ou matas é um crime ambiental que pode acarretar em penas como a prisão de dois a quatro anos. Já a pena para quem fabricar, vender, transportar ou soltar balões é de um a três anos, ou multa de R$ 1 mil a R$ 10 mil, ou ambas, conforme o caso.
Quem quiser denunciar a fabricação ou soltura de balões pode entrar em contato com a Linha Verde, parceria entre a Secretaria do Ambiente e o Disque Denúncia. O custo é de ligação local e o anonimato é garantido. Nos meses típicos de soltura de balão que vai de maio a outubro, o Disque Denúncia oferece a recompensa de até R$ 2 mil para informações que levem à prisão de baloeiros ou quantidades de balão. O telefone do Disque Verde é o 033 253 1177.
http://g1.globo.com/rj/regiao-dos-lagos/noticia/2015/07/incendio-provoc…
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