OESP, Economia, p. B6
06 de Abr de 2012
Incêndio em alojamento de Jirau é investigado
Onze pessoas foram presas, acusadas de participar dos atos de vandalismo ocorridos na madrugada de terça-feira nas obras da usina hidrelétrica
NILTON SALINA , ESPECIAL PARA O ESTADO, PORTO VELHO
A Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia (Sesdec) prossegue as investigações para identificar todos os envolvidos nos atos de vandalismo ocorridos na usina Jirau na madrugada de terça-feira, quando 36 alojamentos localizados à margem esquerda do Rio Madeira foram queimados por um grupo de trabalhadores. Onze pessoas foram presas, acusadas de participação na destruição.
O titular da Sesdec, delegado da Polícia Federal Marcelo Bessa, confirmou a chegada de mais 120 homens da Força Nacional de Segurança a Porto Velho, que se juntaram aos 103 que já estavam na cidade. São 100 policiais militares e mais 20 do Corpo de Bombeiros, que desembarcaram de forma gradativa e se posicionaram no canteiro de obras da usina Jirau, onde o clima era de tranquilidade ontem.
A Sesdec vinha mantendo mais de 200 policiais militares de Rondônia nas usinas Santo Antônio e Jirau, além de policiais civis e bombeiros que atuam na área interna dos canteiros de obras.
Segundo Bessa, essa equipe já foi substituída pelo pessoal da Força Nacional. O secretário disse que não pode prejudicar o policiamento em Porto Velho para manter a ordem nas hidrelétricas, que são responsabilidade do governo federal.
Na usina Jirau, as atividades devem recomeçar somente depois que alguns problemas forem resolvidos. O Ministério Público do Trabalho (MPT) está investigando as condições dos alojamentos improvisados instalados no canteiro de obras logo após os atos de vandalismo da segunda-feira. Nesses locais estão cerca de 400 trabalhadores que dormiam nos alojamentos que foram incendiados.
Demissões. O MPT divulgou nota dizendo que representantes das empresas que constroem a usina informaram que muitos funcionários aproveitaram o episódio para se desligar do emprego e voltar às cidades de origem. Porém, trabalhadores disseram a procuradores do Trabalho que não tiveram a opção de aguardar em casa o retorno ao trabalho depois que os alojamentos forem reconstruídos. Assim, tiveram os contratos rescindidos.
De acordo com o MPT, os fatos registrados no canteiro de obras de Jirau são uma repetição do que ocorreu em 2011, quando alojamentos também foram incendiados. Assim, os procuradores entenderam que, de acordo com a lei, os contratos de trabalho não devem ser rescindidos enquanto não for restabelecida a normalidade nas obras da hidrelétrica. Eles anunciaram medidas judiciais para evitar as rescisões de contrato.
OESP, 06/04/2012, Economia, p. B6
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