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IML entrega laudo cadavérico de índio Macuxi

Ministério da Justiça-Brasília-DF
22 de Fev de 2003

O laboratório de Antropologia Forense do Instituto de Medicina Legal do Distrito Federal entregou nesta sexta-feira (21/02) ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos o laudo cadavérico do índio Macuxi, Aldo da Silva Mota. O laudo aponta que a morte ocorreu por projétil de arma de fogo de cima para baixo e que no momento da produção das lesões a vítima estava com os dois braços levantados. A causa da morte foi hemorragia interna por traumatismo torácico transfixiante.

O ministro Márcio Thomaz Bastos lamentou profundamente que as desconfianças tenham se confirmado e disse estar chocado com a execução do índio Macuxi. O ministro já determinou à Polícia Federal a intensificação das investigações e a total apuração do caso até a prisão dos criminosos.

Dois laudos foram produzidos em Roraima. O do Instituto de Medicina Legal da Polícia Civil indicou que a causa morte foi natural e indeterminada. O do Instituto de Medicina Legal da Secretaria de Segurança Pública do estado apontou que a causa da morte era indeterminada e que não havia hemorragias difusas ou localizadas no tórax. Diante da controvérsia, o Ministério Público Federal determinou o translado do corpo para Brasília e que fosse feita nova autópsia.

No dia dois de janeiro o índio Macuxi foi chamado à fazenda sob a alegação de que uma rês do rebanho havia invadido a área, e desapareceu. Seu corpo foi encontrado no dia nove de janeiro, em Roraima, enterrado em cova rasa no terreno de uma fazenda no interior da Terra Indígena Raposa Serra do Sol. Pai de nove filhos, Aldo era o responsável por conduzir os projetos de criação de gado da comunidade Macuxi na Terra Indígena.

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