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IML de Brasília libera laudo, mas não devolve corpo de índio Aldo Mota

Brasil Norte-Boa Vista-RR
13 de Mar de 2003

O corpo do índio Aldo da Silva Mota ainda não chegou a Boa Vista, apesar do Instituto de Medicina Legal (IML), de Brasília, já ter liberado o laudo cadavérico à Polícia Federal, em Roraima. A Assessoria de Comunicação Social da PF informou que o corpo do índio não chegou porque ainda passa por exames de praxe. Ainda de acordo com informações, apenas depois desses exames, que não vão alterar o laudo, o cadáver será liberado aos familiares. A Polícia Federal só deverá apresentar o resultado do laudo à imprensa após definições técnicas.

Os delegados Thiago Giavarotti e Fabrício Argenta são os responsáveis pela análise do documento. "Depois da finalização do inquérito, apresentaremos a conclusão à sociedade", garantiram. Sobre as divergências entre os laudos, um feito em Roraima e o de Brasília, Federal prefere não se pronunciar. De acordo com informações, a Secretaria de Segurança Pública do Estado já está investigando o caso para verificar a veracidade do laudo expedido pelo IML local.

Fazenda Retiro
A Justiça determinou que os índios que invadiram a Fazenda Retiro, em Uiramutã, deixem o local em 48 horas. A Assessoria da PF também informou que, caso a ordem não seja cumprida, até hoje, a PF vai esperar ser acionada para entrar em ação.
"Apenas esperamos o pronunciamento da Justiça. Se houver necessidade, vamos até o local no cumprimento da lei", avisaram os federais.
Há meses que os índios invadiram a fazenda para pressionar a Justiça a decretar a prisão dos supostos assassinos.

Indefinição
Não se sabe o que vai acontecer ao médico legista do IML roraimense que expediu o laudo cadavérico do índio Aldo Mota. Informações dão conta de que o primeiro documento liberado aqui não apontou perfurações de bala no corpo do índio, mas o laudo do IML de Brasília detectou as perfurações.

Conteúdo do laudo
Na matéria publicada ontem, a informação "peritos que assinaram o laudo garantem que índio foi morto com um tiro"foi publicada pelo CIR e não foi informação passada pela Federal. Os delegados que acompanham o caso não liberam acesso ao conteúdo do documento.

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