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Imagens de drones indicam fissuras em terceira barragem

OESP, Metrópole, p. A16
17 de Nov de 2015

Imagens de drones indicam fissuras em terceira barragem
Moradores chegaram a ser retirados, mas foram informados de que não havia riscos; Defesa Civil não viu rachaduras

Bruno Ribeiro e Luciana Almeida - O Estado de S. Paulo

Imagens feitas por drones do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, divulgadas na noite de domingo, 15, pelo Fantástico, mostram fissuras na barragem de Germano, estrutura que faz parte do complexo de barragens da mineradora Samarco em Mariana (MG). Na quarta-feira, moradores do distrito de Paracatu, na mesma cidade, chegaram a deixar as casas com medo das rachaduras, mas foram informados de que não havia riscos. A Defesa Civil Estadual mantém a informação de que a barragem não apresenta rachaduras.
Segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), não há risco iminente com relação a Germano. A barragem de resíduos já está desativada e é a que tem os sedimentos mais secos. A Samarco, porém, admite que a estrutura está fora dos níveis de segurança. "O maciço principal da barragem de Germano está com fator de segurança acima de 1,9. O fator de 1,0 significa que a estrutura está no seu limite de equilíbrio", diz a empresa, em nota.
"As barragens estão sendo monitoradas em tempo real por radares e inspeções diárias, realizadas pela equipe técnica da empresa", ressalta a mineradora, afirmando usar equipamentos de alta precisão para o monitoramento.
Contradições. O DNPM desmentiu informação passada pela Samarco de que duas barragens, Fundão e Santarém, estão rompidas. O órgão federal diz que Santarém teve avarias e há escoamento de água a partir dela, mas que a estrutura não rompeu - como a Samarco vem afirmando na última semana.
Questionada sobre o tema, a empresa disse, em nota, que "o maciço remanescente está íntegro, mesmo estando parcialmente erodido" e que a área é monitorada, sem se pronunciar sobre as informações desencontradas. Já a Defesa Civil mantém a informação de que Santarém se rompeu. "A Fundão, que fica atrás da Santarém, ruiu, o material desceu e atingiu Santarém, que teve parte da estrutura destruída", diz o coordenador da Defesa Civil, coronel Helberth Figueiró, que disse que todo o material que havia em Santarém escapou no desastre.

OESP, 17/11/2015, Metrópole, p. A16

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