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21 de Jan de 2004
Em 20 de Janeiro deste ano, o Termo de Compromisso de Ajuste de Conduta Ambiental, o conhecido TAC da Ilha Grande, faz dois anos de completa inadimplência e abandono, o que contribui para desmoralizar as instituições e afrontar a cidadania. Assinado com grande pompa por todas as instâncias governamentais ambientais, a começar pelo então Ministro do Meio Ambiente José Sarney Filho, Ibama, autoridades estaduais (Secretaria de Meio Ambiente, Feema e IEF), Uerj e prefeitura de Angra dos Reis, sob o olhar atento do Ministério Público, o TAC parecia coroar a longa e cansativa luta dos ambientalistas e moradores da região para estancar o processo de destruição ambiental que se instalava em um dos mais representativos remanescentes da quase extinta Mata Atlântica no Rio de Janeiro. O Ministério do Meio Ambiente acreditou na luta e disponibilizou um pouco mais de três milhões de Reais a serem aplicado em projetos de saneamento básico, tratamento de lixo, recuperação de área degradada, aproveitamento dos escombros do antigo presídio e elaboração de um Plano de Gestão Ambiental, dentre outras importantes intervenções que levariam a Ilha Grande ao patamar desejado de qualidade sócio-ambiental. Perdeu tempo e dinheiro. Públicos, diga-se de passagem. Após dois anos de um irritante jogo de empurra, capitaneado pela prefeitura de Angra dos Reis, que contou com a colaboração dos órgãos do governo do estado, nada foi feito. Nem realizado. Os projetos que deveriam ser apresentados pelo Ibama e pela Prefeitura de Angra dos Reis nunca o foram. Acionado para fazer cumprir o TAC e investigar os casos de improbidade administrativa, como manda a lei, o burocrático Ministério Público não consegue avançar. É lamentável constatar o desinteresse generalizado que permeia nossas instituições públicas, agravado pela perda de escassos e valiosos recursos. Alexandre Guilherme de Oliveira e Silva. Vice-presidente do Comitê de Defesa da Ilha Grande, CODIG. Telefones 24 3361-5810 e 21 9971-9078
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