Instituto Estadual de Florestas do Amapá - http://www.ief.ap.gov.br
Autor: Marcelle Nunes
19 de Set de 2014
Moradores de Porto Grande e de Ferreira Gomes participaram de uma grande plenária realizada pelo Governo do Amapá e EDP Energias do Brasil S.A. nesta quarta-feira, 17, na Escola Maria Cristina Botelho, em Porto Grande. O evento foi organizado com o objetivo de apresentar e esclarecer sobre os projetos referentes à compensação ambiental da obra de construção da Hidrelétrica de Cachoeira Caldeirão, no Rio Araguari, que também está sendo construída entre os dois municípios. Um dos projetos apresentados, é o "ProAraguari", extensão do Projeto ProExtrativismo, executado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF).
ProAraguari
O Programa de Desenvolvimento da Produção Extrativista do Amapá (Proextrativismo Araguari) é uma extensão do ProExtrativismo, executado pelo IEF desde 2013. O ProAraguari foi desenvolvido especialmente para as familias alcançadas pelos impactos da construção da hidrelétrica entre Ferreira Gomes e Porto Grande.
O programa é oriundo do convênio entre Governo do Estado por meio do IEF, Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado do Amapá (FETTAGRAP) e da Empresa De Energia Cachoeira Caldeirão S.A (EECC) que tem como objetivo valorizar as principais cadeias extrativistas da Bacia do Rio Araguari promovendo a assistência técnica para o manejo florestal, o licenciamento ambiental, a educação para o crédito e o reconhecimento dos serviços ambientais (bioclimáticos) prestados pelos produtores e suas florestas.
O ProAraguari vai fomentar, licenciar e implantar 200 unidades de manejo florestal sustentável nas cadeias produtivas do açaí e cipó titica na bacia do rio Araguari e realizar o censo e cadastramento das famílias residentes na área da Floresta Estadual do Amapá nos municípios do território centro - oeste amapaense.
O Programa será executado no período de 10 meses, e terá um milhão de reais em investimentos. Serão 200 famílias alcançadas nos municípios de Porto Grande, Ferreira Gomes, Serra do Navio e Pedra Branca do Amaparí.
Outros projetos
Com acompanhamento das equipes técnicas das Secretarias de Governo e da mediação na plenária do senador João Alberto Capiberibe, foram explanados os impactos ambientais gerados pela construção da hidrelétrica que irão render benefícios sociais para a população. São seis convênios, cujos projetos vão levar desenvolvimento econômico e social àquela região. Somados, os investimentos chegam a R$ 18,8 milhões.
Durante o encontro, o senador João Capiberibe disse que o investimento da EDP é bilionário. "Um empreendimento desse porte gera impactos ambientais, no entanto, o governo e a empresa pensaram e irão colocar em prática projetos concretos para mitigar e beneficiar a população dos municípios de Porto Grande e de Ferreira Gomes", enfatizou.
Os projetos são voltados para infraestrutura, saúde, segurança pública, desenvolvimento rural e ciência e tecnologia. Denominado de Programa de Desenvolvimento Sustentável do Vale do Araguari (Prodevale), os recursos financeiros não serão repassados ao Governo do Estado, mas executados pela própria EDP e monitorados e gerenciados pelo Poder Executivo.
Em pronunciamento, o diretor-executivo da EDP Energias do Brasil S.A., Eduardo Santareli, ressaltou a importância das comunidades participarem dos projetos para pode cobrar dos executores e fiscalizadores. No caso dos impostos, apenas Ferreira Gomes irá arrecadar em função de a casa de força da hidrelétrica ser instalada no referido município. No entanto, com 45% de impacto social e ambiental ser em Porto grande, os benefícios da população serão as compensações ambientais, com investimentos na ordem de R$ 18,8 milhões.
Para o presidente da Cooperativa dos Agricultores, Antônio Nascimento, a plenária é válida de modo a ressaltar os benefícios em prol da população. As obras dos projetos que vão desenvolver os municípios iniciam ainda neste mês de setembro de 2014.
Usina
A Usina Hidrelétrica (UHE) Cachoeira Caldeirão está sendo implantada no Rio Araguari, entre os municípios de Ferreira Gomes e de Porto Grande. A empresa responsável pela obra é a EDP Energias do Brasil. Com investimento de mais de R$ 1,1 bilhão em sua edificação, a UHE foi planejada para gerar 219 megawatts de energia elétrica. A previsão de início das operações, com ligação à Rede Nacional de Energia Elétrica, é para janeiro de 2017 e o contrato de concessão é por 30 anos.
As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.