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01 de Out de 2008
Em parceira com a Embrapa e o Instituto Agronômico de Oltemare (IAO), na Itália, o Instituto Chico Mendes participa do Programa de Biodiversidade, que abrange quatro projetos no campo e um projeto de ações transversais em nível nacional.
De acordo com o coordenador nacional do Programa, Oscar Borreane, o projeto Brasil-Itália envolve a produção de óleo vegetal, o cultivo de plantas medicinais e plantas inseticidas, a criação de abelhas sem ferrão, atividades tradicionais como da borracha e da castanha, agricultura familiar e o reordenamento da pecuária.
As ações serão distribuídas entre as unidades de conservação da biorregião do Araripe, no Ceará, da Reserva Extrativista Cazumbá-Iracema, no Pará, do Parque Indígena do Xingu e na Terra Krahô, no Mato Grosso do Sul, na região de Montes Claros (MG) e nos biomas Cerrado e Caatinga, .
O projeto com plantas medicinais pretende resgatar a cultura tradicional e instalar farmácias vivas, formando centros de fitoterápicos, além de estimular a formação desses manipuladores.
As atividades com a borracha são as alternativas comerciais com maior valor agregado e estão sendo coordenadas pela Universidade Federal do Acre (Ufac). A produção engloba o artesanato com couros ecológicos e placas claras (que é uma mistura de látex com fibras vegetais na forma de folhas, usada em solados e outros produtos). O projeto conta com recursos de cerca de R$ 200 mil.
A melhoria no cultivo de castanhas pretende assegurar a sustentabilidade da produção primária e da qualidade do produto. Além disso, a castanha também esta sendo incluída na produção da farinha.
Segundo Oscar Borreane, a vantagem do produto é a maior qualidade em termos de sabor e valor nutricional. Além do benefício econômico dos produtores que é bem significativo, pelo maior preço, o que significa agregação de valor para os dois produtos componentes da mistura.
O Programa também investe na implantação de melhorias no setor pecuário. Está realizando benfeitorias nas pastagens, treinamento sobre manejo e diagnostico do estado sanitário do rebanho.
As atividades tiveram incio em agosto de 2006 e vão até março de 2009, podendo ser prorrogadas. Foram investidos nos projetos cerca de R$ 3 bilhões e meio de Euros, para suprir o custo dos três anos de programa.
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