A Gazeta Mercantil-AM
Autor: Marcia Valeria
26 de Jun de 2001
A Comissão Nacional de Cartografia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai fazer o mapeamento de 800 mil quilômetros quadrados no Amazonas, uma área equivalente aos territórios da França e da Itália. O projeto está orçado em R$ 27 milhões e visa preencher o ´buraco cartográfico´ em escala topográfica existente em uma das regiões mais suscetíveis da Amazônia: a fronteira com a Colômbia. O mapeamento já foi aprovado nessa comissão interministerial e aguarda a liberação de recursos do governo federal.
O mapeamento faz parte do Plano Cartográfico Nacional para os anos de 2001 a 2003, orçado em R$ 46 milhões. Segundo o diretor-adjunto do IBGE e secretário da Comissão Nacional de Cartografia, Ângelo Pavan, se o recurso for aprovado o mapeamento será feito no próximo ano e em 2003 o IBGE estará lançando os mapas em carta imagem na escala de 1:100.000 do Amazonas. ´Com isso, além de termos uma carta-imagem digitalizada do território, ainda poderemos ter um estudo variado do meio ambiente, biomassa e recursos naturais dessa região´, informa ao explicar que hoje ainda não existe o levantamento topográfico dessa parte do País, o que é uma grande deficiência.
O diretor informa que projeto prevê a realização desse mapeamento por meio de duas bandas de radares: a banda X, já utilizada hoje e que retoma informações até a copa das árvores; e a banda P, que permite ver abaixo da copas das árvores, possibilitando o mapeamento da vegetação. ´A tecnologia para banda P que iremos é utilizar é alemã e totalmente nova na região. Esse trabalho nos permitirá chegar a uma escala topográfica maior ou menor de 250. Com esse mapeamento iremos acabar com o buraco cartográfico em escala topográfica existente nessa região do País´, diz.
Pavan afirma que para o projeto de mapeamento da fronteira ser colocado em prática precisa da aprovação do Ministério do Planejamento, ao qual a Comissão Nacional de Cartografia está vinculada.
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