VOLTAR

Ibama renova estrategia no AM

OESP, Vida, p.A25
17 de Dez de 2005

Ibama renova estratégia no AM
Resultado de forte fiscalização deve surgir em 2006
Liège Albuquerque
Uma fiscalização intensiva nos 170 dias do verão amazônico, época mais propícia às queimadas, foi a principal estratégia apontada pela gerência do Ibama no Amazonas para buscar a redução nos índices de desmatamento apontados neste ano nos mapas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no sul do Estado. Os resultados dessa fiscalização, contudo, devem aparecer em mapas só no próximo ano.
Segundo dados divulgados pelo Inpe em junho, apesar de o Amazonas ter apresentado redução de 39% no índice de desmatamento de 2003 para 2004, o sul do Estado ainda é o maior foco. Estudo mais detalhado apresentado em julho pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) apontou aumento de 16% na área desmatada na região no ano passado em relação a 2003. A área destruída em 2004 foi de 8.238 quilômetros quadrados, ante os 6.926 km2 perdidos em 2003.
De acordo com o gerente-executivo do Ibama no Amazonas, Henrique dos Santos Pereira, nas fiscalizações feitas de 7 de maio a 2 de novembro foi constatado que o trecho mais crítico no desmatamento é no quilômetro 180 da Transamazônica, a BR-230 - Palomita (PA)-Benjamim Constant (AM). "Na altura da cidade de Manicoré, por conta da migração, destruímos muitos ramais para entrada na mata", contou. Também foram considerados mais críticos os trechos da BR-364 - Rio Branco (AC)-Porto Velho (RO), cortando Lábrea (AM) e trechos da BR-317 - Lábrea-Triunfo (PA) .
No balanço da Operação Uiraçu (nome de gavião amazônico) nas quatro bases no sul do Estado, apresentado ontem por Pereira, foram apreendidos 21 mil metros cúbicos de madeira, cinco tratores e 15 motosserras. No ano passado, foram apreendidos 14 mil m3 de madeira.
"Além da estratégia de as equipes se revezarem nas bases durante o verão, outra inovação neste ano foram os mapas do Inpe", disse Pereira. Até o ano passado, esses mapas eram anuais. Neste, foram divulgados a cada 16 dias.

OESP, 17/12/2005, p. A25

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.