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05 de Out de 2011
As hidrovias da Amazônia Legal pedem socorro, segundo o diretor do presidente da Macrologistica Consultoria, Renato Casali Pavan, também um dos responsáveis pelos estudos que culminaram nos projetos Norte Competitivo e Sul Competitivo. "Foi constatado que o custo da logística de transporte de carga na Amazônia Legal, compreendendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, é de R$ 17 bilhões/ano, ou o equivalente a 7,5% do PIB regional".
O estudo também revelou que, se fossem superados os entraves que impedem ou dificultam a navegação nas hidrovias do rio Paraguay-Paraná, do rio Madeira, dos rios Teles Pires/Juruena-Tapajós, do rio Araguaia e do rio Tocantins, entre outros projetos, o custo logístico diminuiria em R$ 1,25 bi/ano, valor equivalente a 5% do PIB da região, tornando-a competitiva, com maior geração de empregos e renda. Junta-se aos benefícios econômicos e sociais o imensurável ganho ambiental, uma vez que esse modal de transporte é menos poluente do que as extensas ferrovias e rodovias que cortam os estados do Norte do país.
"Embora os benefícios obtidos com o uso das hidrovias sejam comprovadamente valiosos, o cenário que tal modal apresenta atualmente não é nada animador", lamenta Pavan, acrescentando que na hidrovia dos rios Paraguay-Paraná, importante para as cadeias produtivas situadas no sudoeste do estado do Mato Grosso, por exemplo, foi elaborado um projeto há cerca de dez anos, onde é proposta a construção de um porto a 70 quilômetros ao sul de Cáceres (Morrinhos), com acesso pela rodovia federal BR 174.
"Com o projeto, não há necessidade de se utilizar o trecho inicial da hidrovia do rio Paraguay e deixam de ser dragados 14 pontos, inutilizando o trecho com curvas pronunciadas e calado de um metro, o que limita a navegação a barcaças de apenas 600 toneladas, ampliando a navegação para barcaças de duas mil toneladas".
O projeto, explica Renato Casali Pavan, cria capacidade de exportação de três milhões de toneladas/ano. Além de diminuir consideravelmente o custo do transporte, tira 60 mil carretas das estradas que congestionam e poluem cerca de três mil quilômetros de rodovias, ao considerar o percurso de ida e volta a Santos ou Paranaguá.
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