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"As Hidrelétricas não Produzem Energia Limpa: Barragens Amazônicas como Fontes de Gases de Efeito Estufa", é tema do

INPA-Manaus-AM
15 de Jun de 2004

Seminário da Amazônia

No próximo dia 29 às 16:00 horas, o Dr. Philip M. Fearnside, pesquisador da Coordenação de Pesquisas em Ecologia (CPEC) do INPA participa do Seminário da Amazônia com a palestra " As hidrelétricas não produzem energia limpa: Barragens amazônicas como fontes de gases de efeito estufa".

O pesquisador antecipa que as barragens hidrelétricas na Amazônia emitem seis vezes mais gases de efeito estufa como emissões recorrentes totais (i.e., emissões de inventário para o Protocolo de Kyoto) do que as estimativas oficiais brasileiras admitem atualmente. Isso acontece porque as estimativas oficiais contam apenas as emissões da superfície de cada reservatório, e não as emissões muito maiores provocadas pelo transcurso d'água pelas turbinas e pelo vertedouro.

Emissões recorrentes totais em 1990 (o ano de referência mundial para os inventários nacionais sob a Convenção de Clima) somaram oito milhões de toneladas de carbono equivalente a CO2, se calculado usando o potencial de aquecimento global para metano adotado pelo Protocolo de Kyoto. Isto é aproximadamente igual ao combustível fóssil usado pela cidade de São Paulo. O impacto é dominado por Tucuruí (75% do total), seguido por Balbina (18%), Samuel (5%) e Curuá-Una (2%). Em 1990, o impacto líquido de todas as quatro hidrelétricas "grandes" (> 10 MW) na Amazônia eram pelo menos o dobro do impacto da energia gerada com petróleo, e, juntas, essas barragens emitiram quatro vezes mais que o combustível fóssil que elas substituíram.

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