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Guaranis que vivem ao lado da 116 terão casas

Correio do Povo-Porto Alegre-RS
01 de Ago de 2002

Residências em fase de acabamento abrigarão 11 famílias

Ainda faltam telhados, portas, janelas e outros acabamentos nas 11 casas que deverão abrigar 11 famílias guaranis que vivem sob lonas à beira da BR 116, em Barra do Ribeiro. Alguns indígenas já estão na área de 202 hectares desapropriada pelo governo do Estado, na localidade de Coxilha da Cruz, aguardando a conclusão das moradias em tendas improvisadas. A arquiteta da Secretaria Estadual da Habitação responsável pelo projeto das casas, Kátia Oliveira, estima que a obra esteja pronta até a metade deste mês.

Segundo Kátia, o Programa Estadual de Habitação para os Povos Indígenas, que envolve diversos órgãos, prevê a construção de casas em outras áreas. Ela adiantou que 18 moradias deverão ser entregues aos guaranis de São Miguel das Missões, no final do ano. As casas feitas de eucalipto, com 45 metros quadrados e três peças, atendem às necessidades dos guaranis, que participaram dos debates que resultaram no projeto.

O diretor-adjunto do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Renzo Bassanetti, que vistoriou a obra ontem, junto com Kátia, ressaltou que a madeira utilizada na construção é oriunda de apreensões, do horto do Irga e de árvores exóticas extraídas do Parque Estadual de Itapuã. 'Participamos durante dois ou três anos das discussões sobre o tipo de casa que queríamos', disse o representante dos guaranis, Alexandre Duarte, satisfeito com o projeto que está sendo concretizado. 'Tem espaço para fogo de chão', observou, ansioso pela mudança, a exemplo dos companheiros da aldeia. Ele destacou que a falta de alimentos é outro problema enfrentado pela comunidade, que depende da venda de artesanato à margem da rodovia.

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