GTI sobrevoa áreas da Raposa/Serra do Sol

Os representantes dos sete ministérios que compõem o Grupo de Trabalho Interministerial criado pelo presidente Lula para analisar a situação fundiária de Roraima, incluindo as demarcações de terras indígenas, farão sobrevôo hoje pela manhã em pontos da Raposa/Serra do Sol, antes de participarem de várias reuniões em Boa Vista, onde ficam até amanhã. Coordenado pela Casa Civil da Presidência, o GTI inicia sua análise in loco a partir das 7hs com sobrevôo às sedes dos municípios de Pacaraima e de Uiramutã, às vilas Água Fria e Pereira, às plantações de arroz irrigado (Surumu e Itacutu) e às malocas Contão, Maturuca e Raposa. A intenção é observar detalhes das reservas Raposa/Serra do Sol e São Marcos.

A primeira reunião da comitiva federal será com o Grupo Técnico Estadual Especializado em Estudos das Áreas Indígenas, prevista para começar às 15hs, no Palácio Senador Hélio Campos. Em seguida, o GTI vai obter informações dos Cartórios de Notas e de Imóveis em Roraima. Querem exemplificar meios legais para transferir terras da União para o domínio do Estado.
Dos 11 componentes, três são do Gabinete Civil: Johaness Eck, subchefe de Coordenação de Ação Governamental; Ricardo Zamora e Ana Paula Leal, ambos do Gabinete de Assuntos Federativos.

Também fazem parte José Alberto Couto, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência; e Luiz David Figueiró, da Secretaria Executiva do Ministério dos Transportes. O Ministério de Planejamento enviará dois representantes: Lincoin Princivalli de Almeida Campos e Alexandra Reschke. Completam a lista o coronel Sebastião Silvestre, do Ministério da Defesa; Rogério Podkolinsky Pasqua, do Ministério da Justiça; Raimundo Lima, representando a direção nacional do Incra; e Nilva Cardoso Baraúna, gerente do Ibama em Roraima.

Debates
O GTI quer debater com diversos segmentos - governamentais, empresariais e sociais. Amanhã será a vez de entidades políticas e religiosas, a partir das 8hs, no auditório do Instituto de Segurança e Cidadania. Em seguida, a comitiva vai se reunir com produtores do setor primário, expropriados de reservas indígenas, trabalhadores rurais e representantes da Maçonaria. No período da tarde, o GTI retoma os debates com várias entidades indígenas (CIR, Alidcir, Sodiurr, Arikon e TWM). Os técnicos federais encerram os compromissos oficiais com reunião envolvendo o Ibama, o Incra, a Funai, a Ordem dos Advogados do Brasil e o Ministério Público Federal. A previsão é que o relatório final seja conhecido no início de março. (I.G.)