VOLTAR

Grupos de estudos do Inpa debatem impactos das mudanças climáticas nos igapós da Amazônia

G1 - https://g1.globo.com/
Autor: Por G1 AM
10 de Nov de 2019

Grupos de estudos do Inpa debatem impactos das mudanças climáticas nos igapós da Amazônia

Estudos apresentados pelo palestrante Jochen Schöngart apontam que períodos de cheia e vazante estão cada vez mais extremos e têm impacto preocupante nos ecossistemas de áreas alagáveis e na economia das populações locais.

Igapós da Amazônia: este foi o tema de debates na 64ª reunião do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (Geea), realizada na última semana, no auditório da diretoria do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC).

O palestrante foi o pesquisador do Instituto Jochen Schöngart, doutor e livre docente em Ciências Florestais pela Universidade de Freiburg, com diploma averbado pela Universidade de São Paulo, e integrante do Grupo de Pesquisa do Inpa Ecologia, Monitoramento e Uso Sustentável de Áreas Úmidas (Peld/Maua).

Jochen Schöngart iniciou a palestra com uma afirmação conclusiva e em seguida com uma questão que confronta a ciência moderna, ambas com grande significado bioecológico. A afirmação é que a variabilidade sazonal, interanual e interdecadal do ciclo hidrológico na Amazônia acarreta grandes impactos nos ecossistemas de áreas alagáveis e nas atividades econômicas das populações ribeirinhas.

A questão é como o ciclo hidrológico da maior hidrobacia do mundo poderá responder e interagir com as mudanças do clima em escala global em curso. A partir desse ponto, o palestrante passou a discorrer sobre duas temáticas distintas, mas complementares: os pulsos de inundação e as características peculiares dos igapós da Amazônia.

Baseado em dados coletados ao longo de dezenas de anos, Jochen mostrou que está havendo uma intensificação do regime hidrológico na Amazônia, principalmente quanto às cheias; ou seja, os pulsos de cheias estão mais intensos e extremos.

Esses dados mostram que o ciclo hidrológico resultou num aumento de aproximadamente 1,50 m na amplitude nos últimos 30 anos, ao passo que a média anual do nível da água aumentou 1 m durante os últimos 113 anos. Por outro lado, a frequência de cheias extremas (>29,0 m) aumentou cinco vezes, enquanto a frequência de secas severas (

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.