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Autor: Juliane Peixinho
22 de Ago de 2015
Estarão gestores de Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e Petrolina.
Reunião é coordenada pelas secretarias estaduais: Semas e Sara.
Na próxima sexta-feira (28) será realizada em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, uma reunião para instalação do Grupo de Trabalho que objetiva propor, de forma participativa, adequações à criação do 'Refúgio da Vida Silvestre Tatu-bola', maior unidade de conservação no bioma Caatinga de Pernambuco. No encontro, que vai acontecer às 9h, no auditório da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), estarão representantes dos municípios envolvidos: Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e da anfitriã, Petrolina.
A reunião é coordenada pelas secretarias estaduais de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e de Agricultura e Reforma Agrária (Sara). De acordo com a secretário estadual do Semas, Sérgio Xavier, a unidade de conservação possui 110 mil hectares e por sua grande extensão é preciso conciliar de forma sustentável os recursos com as atividades econômicas da região. "Vamos discutir os pontos que precisam de ajuste e garantir aos produtores rurais que não vai haver nenhum tipo de conflito. Nós vamos buscar uma solução para cada caso. Vamos mapear onde cultivo agrícola será possível e em alguns locais pode haver uma flexibilização, respeitando o uso sustentável", explica.
Entre as vantagens da implantação da Reserva Tatu-bola, criada conforme o Decreto Estadual no 41.546 de março de 2015, o secretário destaca o equilíbrio climático e a preservação do bioma Caatinga, além da proteção hídrica. Com o refúgio, será elaborado, de forma participativa, um Plano de Manejo e Zoneamento para a região, observando as novas possibilidades de exploração do bioma Caatinga e o fomento do turismo.
O Grupo de Trabalho é composto por representantes indicados por 25 instituições. Entre elas, prefeituras dos três municípios envolvidos, o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), os conselhos de desenvolvimento rural sustentável, conselhos de meio ambiente e das câmaras municipais, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), sindicato dos trabalhadores rurais da região e universidades.
De acordo com o secretário Sérgio Xavier, foi estabelecido um prazo de 180 dias para que o grupo elabore um documento que deve ser encaminhado para o Governo do Estado de Pernambuco. "Após o prazo e ajustes, vamos contatar o Plano Manejo para definir toda a potencialidade da Caatinga e desenvolver editais, para assim, fazer a criação do conselho gestor da unidade de conservação", relata Xavier.
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