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Grupo em Manaus chama para abraço de apoio ao Ibama

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01 de Mai de 2023

Grupo em Manaus chama para abraço de apoio ao Ibama
Manifestação está prevista para acontecer nesta terça-feira (02/05) a partir das 8h na sede da superintendência do Ibama-AM, em Manaus
Grupo em Manaus chama para abraço de apoio ao Ibama

01/05/2023 18:32

Um grupo de ambientalistas, biólogos, veterinários, pesquisadores, ativistas e protetores ambientais realiza nesta terça-feira (02/05) em Manaus, a partir das 8h, um ato de repúdio contra os ataques ao sistema de proteção do meio ambiente, à ciência e à legislação ambiental no Brasil. O objetivo é demonstrar apoio ao árduo trabalho desenvolvido por servidores do Ibama na missão de proteger o patrimônio natural do país, a biodiversidade e os animais silvestres.

A manifestação ocorrerá na sede da superintendência do órgão em Manaus, na rua Ministro João Gonçalves de Souza, S/N, bairro Distrito Industrial.

"A intenção do ato é demonstrar apoio aos servidores do Ibama, que nos últimos dias sofreram uma série de ataques. Queremos conscientizar a sociedade sobre os riscos relacionados ao uso de animais silvestres como pets e como a exploração sensacionalista deles nas redes sociais pode incentivar a captura e comércio ilegais desses animais", afirmou Diogo Lagroteria, médico veterinário especialista em fauna silvestre e um dos organizadores do ato.

A prática da capturar e manter animais silvestres em residências sem autorização é crime conforme Lei de Proteção à Fauna No 5.197 e à Lei de Crimes Ambientais No 9.605.

A legislação ambiental afirma que o uso desses animais de forma irregular pode causar danos severos ao ecossistema, aos ambientes naturais e ao trabalho de conservação da fauna e da flora brasileira.

Cetas
Nos últimos anos, o Ibama e outros órgãos ambientais federativos como ICMBio e Inpe sofreram inúmeros cortes de verbas, desmobilização de servidores e interferência na atuação em campo.

O rombo orçamentário foi de 71% desde 2014, quando os repasses atingiram o maior patamar da história (R$ 13,3 bilhões), e em 2021, terceiro ano do governo Bolsonaro, as verbas destinadas ao sistema de proteção ambiental foram de apenas R$ 3,7 bilhões, conforme o relatório "O financiamento da gestão ambiental no Brasil", publicado pelo Instituto Socioambiental (ISA) e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Além do aumento do desmatamento, uma das graves consequências dessa política antiambiental no Brasil foi a desestruturação dos Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), fundamentais para o resgate, recuperação e reintrodução de animais silvestres apreendidos em situações de maus tratos, abuso e/ou outros crimes ambientais.

O Cetas também é utilizado para o desenvolvimento de pesquisas científicas sobre zoonoses silvestres, conservação, manejo e saúde pública.

"O trabalho do Ibama e do Cetas é extremamente necessário e não pode ser desacreditado. Inúmeros animais chegam ao Cetas provenientes de ações humanas e da urbanização crescente", afirma Alessandra Nava, doutora em medicina veterinária e pesquisadora da Fiocruz.

"A narrativa de tentar descredibilizar os órgãos ambientais é antiga e vem sendo usada por essa corrente política que defende o uso predatório dos recursos naturais em prol de ganhos econômicos. Há muito a ser melhorado para reconstruir o sistema de proteção ambiental do nosso país. O trabalho é árduo, as leis ambientais precisam continuar a serem cumpridas e ataques só prejudicam", afirma Erika Schloemp, bióloga e ativista ambiental e uma das organizadoras do ato.

Serviço:

O quê: Ato de repúdio contra ataques ao sistema de proteção ambiental

Quando: terça-feira, 02 de maio, a partir das 8h

Onde: sede da superintendência do Ibama-AM em Manaus, rua Ministro João Gonçalves de Souza, S/N, bairro Distrito Industrial.

Texto da assessoria do grupo de ativistas

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