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Governo quer apenas tornar mais civilizada a exploração de florestas, diz Lula

Radiobrás-Brasília-DF
Autor: Daniel Lima
21 de Fev de 2005

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em seu programa semanal de rádio Café com o Presidente que as medidas ambientais anunciadas pelo governo federal na última semana têm como objetivo regulamentar a exploração das florestas e garantir seu uso racional. "O projeto de lei é a maior demonstração de que a gente não quer proibir. A gente quer apenas regulamentar. A gente quer apenas fazer a coisa de forma mais civilizada", disse.

Na última quinta-feira (16), o governo anunciou a interdição de 8,2 milhões de hectares de áreas públicas na margem esquerda da BR-163 para criar centros de estudos específicos e unidades de conservação ambiental. O pacote inclui cinco decretos, uma medida provisória e um projeto de lei que criará a gestão de florestas públicas e a criação do Serviço Florestal Brasileiro e do Fundo de Desenvolvimento Sustentável.

Para o presidente, as ações de reforma agrária e de proteção ambiental da região Amazônica têm incomodado alguns "reacionários e conservadores da área madeireira". "Os bons madeireiros estão trabalhando de acordo com o governo, estão fazendo parcerias com a ministra Marina Silva (Meio Ambiente)", ressalvou.

Lula cita como exemplos a criação de parques ecológicos e o crescimento do Pronaf - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. "Em 2002, tínhamos 5 mil contratos feitos com o Pronaf. Em 2004, são 54 mil contratos do Pronaf. Dez vezes mais. Nós saímos de uma bagatela de R$ 45 milhões, que é muito pouco, para um montante de R$ 307 milhões no ano de 2004."

O presidente afirmou que a ministra Marina Silva tem total controle da situação e que as ações do governo têm sido discutidas de maneira democrática. "Foram feitas dezenas de reuniões durante dois anos e as pessoas de bem estão compreendendo e querem trabalhar. Esses que se precipitaram e mataram pessoas terão que ser punidos. O lugar que está reservado a esses cidadãos, tanto aos assassinos quanto aos mandantes, chama-se cadeia".

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