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09 de Jan de 2024
Casa Civil anuncia grupo com representantes de ministérios em Roraima. Forças Armadas e Polícia Federal devem ter presença na região. Território indígena sofre com invasões de garimpeiros
O governo federal pretende ter um grupo permanente em Roraima para combater o garimpo ilegal e as invasões ao território Yanomami, anunciou nesta terça-feira (9) o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
A medida representa uma mudança na forma de lidar com o problema. A terra indígena viveu em 2023 uma crise humanitária, que suscitou ações emergenciais e operações federais ao longo do ano. Mas os garimpeiros retornaram à região.
R$ 1,2 bilhão será o valor destinado a medidas de combate a invasores no território Yanomami, segundo o governo
Garimpeiros e maquinários para a mineração de ouro retornaram à terra Yanomami meses depois das primeiras operações do governo em 2023, como revelou reportagem da agência Amazônia Real republicada pelo Nexo.
O cenário de janeiro de 2024 no território cenas chocantes de crianças desnutridas, com os ossos à mostra. Os indígenas sofrem com
malária e virose, em meio a rios poluídos tomados pela lama decorrente do garimpo ilegal, conforme mostrou o site G1.
Segundo o ministro da Casa Civil, será criada uma "casa do governo" em Roraima, com representantes de diferentes ministérios. A ideia é ter uma presença permanente das Forças Armadas e da Polícia Federal na região, conforme relatou a Agência Brasil. As ações serão detalhadas em 30 dias.
As medidas foram anunciadas após uma reunião de ministros com Luiz Inácio Lula da Silva, na qual o presidente afirmou que a região vive uma "guerra contra o garimpo ilegal", que deve ser tratada como "questão de Estado". A presença de uma ação permanente na região é uma demanda do Ministério dos Povos Indígenas há meses, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
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