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03 de Jun de 2024
Contato com ocupantes ilegais da área foi iniciado nesta segunda (3). TI está localizada entre os municípios de Porto Velho e Nova Mamoré, em Rondônia.
O território de 153 mil hectares que compõem a Terra Indígena Karipuna, localizada entre os municípios de Porto Velho e Nova Mamoré, em Rondônia, está passando por um processo de desintrusão.
Nesta segunda-feira, as equipes do Governo Federal iniciaram o contato com os ocupantes ilegais para que eles saiam de forma voluntária. A operação, coordenada pela Casa Civil, reúne 210 servidores federais e tem a missão de reintegrar a posse da terra aos indígenas, detentores do direito à ocupação.
A desintrusão responde às pressões de desmatamento, com a crescente extração ilegal de madeira, criação de gado, pesca ilegal e grilagem de terra. Todas essas ameaças foram identificadas pela inteligência da operação durante o processo preparatório. A presença do efetivo no território ocorre de modo coordenado com 20 órgãos federais.
A fase de retirada dos invasores deve durar até o final de julho. Após a conclusão do processo de desintrusão, terá início a fase de consolidação, com a implementação de medidas para impedir o retorno dos invasores, como a inutilização de pontes, vias de acesso, cercas e construções. Nessa fase, o Governo vai promover ações diárias de monitoramento e patrulhamento.
A ação ocorre de acordo com o cronograma apresentado ao Supremo Tribunal Federal em cumprimento à determinação judicial.
Os Karipuna passaram por um grave processo de dizimação e atualmente seus integrantes representam um dos menores povos indígenas do país (42 indígenas), ainda com risco de extermínio se seus direitos não forem resguardados. No território, eles realizam atividades tradicionais de caça, pesca e coleta, entre outras. A homologação da TI Karipuna ocorreu em 1998 e foi determinante para a preservação ambiental da área.
Da Rede Nacional de Rádio, Luciano Seixas.
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