VOLTAR

Governo faz plano para novo parque nacional

JB
10 de Ago de 2002

Objetivo é garantir sobrevivência de população atingida.
O grupo de trabalho criado pelo Ministério do Meio Ambiente para discutir a criação do Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque reuniu-se ontem em Macapá para discutir os detalhes que irão garantir que o entorno do parque tenha alternativas de desenvolvimento sustentável, não conflitantes com a preservação da rica biodiversidade da região.
O parque será a maior unidade de conservação de florestas tropicais do planeta, com 3,8 milhões de hectares, área equivalente ao território da Bélgica. Sua criação foi anunciada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, no Rio de Janeiro, em junho, durante reunião preparatória para a Rio+10, a Conferência Mundial Sobre Meio Ambiente, que começa no fim deste mês, na África do Sul. A implantação da unidade, no entanto, tem encontrado resistência do governo do Amapá e dos municípios envolvidos, que exigem medidas compensatórias para a preservação do território, que significa 27% da área total do Estado. O objetivo é encontrar formas de sobrevivência econômica para a população atingida.

O secretário de Governo do Amapá, Edivan Barros de Andrade, sugeriu ao coordenador do grupo de trabalho, Pedro de Oliveira Costa, secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, que considerasse todo o Estado do Amapá como área de entorno por causa da dimensão do parque.

''O Amapá tem que ser visto no seu conjunto. As populações que vivem nestes locais continuam sofrendo por falta de infra-estrutura'', afirmou Andrade. Segundo o secretário Pedro de Oliveira Costa, a intenção do governo federal é transformar o Parque do Tumucumaque num modelo de transparência e gestão, que coloque o Amapá nos roteiros internacionais do ecoturismo, preservando a biodiversidade e garantindo renda e participação das comunidades do entorno.
(Gilberto Ubaiara-Jornal do Brasil-Rio de Janeiro-RJ-10/08/02)

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.