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Governo esquece eficiência energética

O Globo, Negócios & Cia, p. 22
Autor: OLIVEIRA, Flávia
11 de Jan de 2013

Governo esquece eficiência energética
País lançou plano para o setor em 2011, mas medidas não avançaram. Só indústria consome 40% da energia

Nas ações do governo para lidar com restrições na oferta de energia, em razão do nível baixo dos reservatórios das hidrelétricas nos últimos meses, faltou referência a programas de eficiência. Autoridades já falaram da esperança de chuva ao acionamento permanente do parque termelétrico. Trataram de acelerar obras de linhões de transmissão e antecipar a entrada em operação de usinas eólicas e da hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira. Nada sobre medidas que podem aumentar a oferta de eletricidade, reduzir custos e elevar a competitividade da economia.
O país publicou em 2011 o Plano Nacional de Eficiência Energética. Para 2013, a previsão é economizar 2.919 GWh. É a quantidade fornecida por uma usina com 700 MW de capacidade de geração, algo comparável a Angra 1, no Rio, com 640 MW.
A produção atenderia a 1,675 milhão de residências, calculou um técnico do setor. Sozinha, a indústria responde por 40% do consumo de energia do país.
São aproximadamente 15 GWh, segundo as contas da EPE. Mais da metade da demanda industrial é para movimentar sistemas motrizes. Uma ação de apoio à eficiência energética dos motores cairia bem agora.

35 GWh de economia de energia
Foi o resultado do Procel Indústria, de 2002, quando foi criado, a 2011. É a quantidade de energia consumida no Brasil por um mês. Um plano de eficiência em motores industriais se paga em 15 meses.

O Globo, 11/01/2013, Negócios & Cia, p. 22

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