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Governo discutirá Educação com Nações Indígenas

24 Horas News-Cuiabá-MT
10 de Mar de 2003

A Educação será o primeiro tema a ser discutido entre o novo governo e as nações indígenas, durante a realização do Seminário Educação Escolar Indígena, que acontece de 11 a 14 de março, no Hotel San Marco, Brasília.

O encontro reunirá representantes do MEC, técnicos das 24 secretarias de educação dos estados onde há populações indígenas, os 13 integrantes da Comissão Nacional de Professores Indígenas e outros 14 líderes de organizações de professores indígenas, além de representantes de organizações não-governamentais ligadas à educação indígena.

A principal dificuldade enfrentada na Educação Indígena é a adaptação, não só dos métodos de aprendizado, mas também na administração dos sistemas educacionais, para as culturas de cada um dos povos. "Não existe uma única nação indígena, são 220 nações, com culturas bem diferentes", explica Kleber Gesteira Matos, coordenador de Apoio à Escola Indígena do MEC.

A concepção de uma educação intercultural surgiu a partir da Constituição de 1988, que reconhece o direito à cidadania dos povos indígenas, e depois com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, que prevê o atendimento a estes povos, respeitando suas culturas e tradições. "Foi um grande avanço, já que a LDB anterior, de 1971, nem citava os índios", lembra Matos.

Uma das formas de respeitar as tradições destes povos foi a formação de professores indígenas para trabalhar nas aldeias. Hoje, quase 80% dos profissionais do Magistério lecionando em terras indígenas são provenientes destas comunidades. Em alguns locais, estes professores chegaram a se organizar em associações, como a Organização Geral dos Professores Ticuna Bilíngüe, no Amazonas.

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