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Governo da Inclusão Social leva Ensino Médio às comunidades mais isoladas do Estado do Acre

A Tribuna (AC) - http://www.jornalatribuna.com.br/
24 de Jun de 2010

Quando a Frente Popular do Acre assumiu o governo, o Acre tinha 18 mil alunos no ensino médio. Hoje eles são mais de 30 mil. Essa modalidade de ensino não existia em municípios como Porto Walter, Santa Rosa, Jordão, mas hoje está presente até mesmo nas comunidades mais remotas, como a vila de Foz do Breu, uma localidade distante oito horas de barco a partir da cidade de Marechal Thaumaturgo.

São dezenas de comunidades isoladas que agora possuem, além do Ensino Fundamental, o Ensino Médio. O Programa Asas da Florestania levou educação às comunidades mais isoladas, atendendo 1.252 alunos da educação infantil em 105 comunidades; 3.362 alunos de seis a nove anos em 204 comunidades. E 2.417 alunos de ensino médio em 138 comunidades.

A educação indígena subiu de 5.000 vagas em 2006 para 7.450 vagas em 2008, alcançando o número de 163 escolas indígenas estaduais. Até o final deste ano o Acre terá 189 salas multifuncionais para ampliar a inclusão de alunos com deficiência.

Para jovens e adultos que vivem a distorção entre a série e a idade, o governo mantém um programa especial de aceleração escolar, chamado Projeto Poronga, que permite que a pessoa em idade avançada, por exemplo, possa fazer o Ensino Médio em um ano.

Quase 20 mil alunos já concluíram o Ensino Médio. Foram 4.860 vagas de 1999 a 2006 e 5.850 vagas a partir de 2007. Os Centros de Educação Permanente fortalecem a oferta constante de Ensino Superior através da tecnologia de educação à distância. O projeto Poronga, mantido em parceria com a Fundação Roberto Marinho, reduziu pela metade a distorção idade/série, recuperando a esperança de milhares de jovens e adultos.

Universidade da Floresta revoluciona o Vale do Juruá

A educação profissionalizante vai cada vez mais longe para atender o maior número de acreanos. Em 2009, por exemplo, o Centro de Formação e Tecnologias da Floresta (Ceflora), de Cruzeiro do Sul, recebeu um barco equipado com notebooks e demais equipamentos, para ministrar cursos às comunidades que vivem ao longo do rio Juruá e seus afluentes.

Descendente direta dos índios kontanawa, Moísa Nogueira da Costa aprendeu informática no Ceflora, em Cruzeiro do Sul, e sonha em voltar à aldeia Sete Estrelas, no rio Tejo, onde moram seus pais, avós e demais familiares. Ali, pretende participar do projeto que vem levando o ensino profissional às comunidades indígenas e ribeirinhas. "Quero muito poder levar um pouco de meus conhecimentos para minha comunidade", disse ela, que já foi professora do ensino regular em Sete Estrelas.

Comunidades indígenas

O projeto de criação do Ceflora foi construído pela sociedade civil do Vale do Juruá, a partir do Seminário "A Universidade do Século 21 na Floresta do Alto Juruá", evento que foi articulado pelo deputado federal Henrique Afonso, e que contou com a participação de mais de 85 organizações governamentais e não-governamentais dos municípios da região.

O movimento incluía instituições de ensino e pesquisa de todo o Estado do Acre, de outros estados do Brasil e também do exterior. A partir das propostas desse evento foi construída a plataforma do projeto "Universidade da Floresta", que, com o apoio da então Ministra Marina Silva, foi implementada como política pública pelo governo federal, por meio da portaria interministerial 132, de Maio de 2005. Essa portaria criou o Grupo de Trabalho Interministerial "Universidade da Floresta", coordenado pelos Ministérios do Meio Ambiente (MMA), da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Educação (MEC) e constituído por representantes dos mais diversos segmentos sociais.

O projeto Universidade da Floresta resultou na expansão do campus da Universidade Federal do Acre (Ufac) em Cruzeiro do Sul, e na implantação, pelo governo do Estado, de um centro de referência em educação profissional, ambos referenciados pelas diretrizes maiores da valorização do conhecimento tradicional e da biodiversidade regional.

O Ceflora iniciou suas atividades no dia 15 de novembro de 2005. Em 2007, foram desenvolvidos cursos em novas áreas e mantida a oferta nas áreas profissionais já existentes. Nesse período foram realizadas as primeiras turmas dos cursos de Adubação Verde, Horticultura Orgânica, Montagem e Manutenção de Computadores, Fabricação de Farinha Carimã, Madeira e Móveis, Comercialização de Artesanato Indígena.

NÃO É PAPO DE ÍNDIO

No total, foram formadas 969 pessoas no ano de 2007, com uma abrangência geográfica significativamente maior, incluindo também 19 comunidades do Parque Nacional da Serra do Divisor e comunidades indígenas.

Transcorridos mais de três anos de sua inauguração, o Ceflora já formou 335 turmas e ofertou 5.610 vagas à comunidade na região do Juruá, Tarauacá e Envira, nas mais diversas áreas profissionais. Desde o ano passado entrou em funcionamento a nova sede do Ceflora com uma área construída de aproximadamente 1.700 metros quadrados.

"Os investimentos do governo do Estado são muito consideráveis e chegam a R$ 1.219.084,06 no novo Ceflora", disse Raimundo Evilásio, coordenador da unidade em Cruzeiro do Sul. Para aquisição de móveis e equipamentos o Estado aplicou cerca de R$ 250 mil.

Administração da Frente Popular já formou quase dez mil professores

O governo do Acre investiu, desde 1999, mais de R$ 47 milhões na formação superior dos professores da rede pública de ensino. Naquele ano, apenas 28% dos docentes possuíam diploma universitário, e hoje mais de 90% conseguiram graduar-se através dos programas do Estado, que consolidou parcerias importantes, como a com a Universidade de Brasília, que promove o ensino à distância.

O governador Binho Marques, que é um apaixonado pela Educação, pois acredita que ela é o maior instrumento de um povo, anunciou que, em 2011, ou seja, até o ano que vem, o Acre terá 100% de seus professores com formação de terceiro grau. São, até agora, 9.801 docentes formados.

O MELHOR SALÁRIO

A oportunidade que o governo do Estado patrocinou aos professores que não eram portadores de um diploma do Ensino Superior, possibilitou que vários deles melhorassem, de maneira significativa, pois recebiam um salário de R$ 188 - que era o valor pago em 1999 - para um salário base de R$ 1,8 mil, que é o vencimento atual.

Maior jornal do Pará destaca salários de professores do Acre

O jornal "O Liberal" do estado do Pará, um dos maiores da região Norte, publicou uma matéria sobre as condições salariais dos professores da rede estadual de ensino daquele Estado, e cita o Acre como o que possui uma das melhores remunerações do país. Na reportagem intitulada "Professor paraense é o que tem salário menor", o jornal faz um levantamento do salário e da hora-aula paga aos docentes em vários estados brasileiros.

De acordo com a reportagem produzida pela sucursal de Brasília, enquanto o Pará paga a hora-aula mais baixa do país R$ 5,13, que correspondente ao cálculo salarial inicial de um professor paraense, que é de R$ 1.026,00, o Acre quase triplica o valor da hora-aula em relação ao salário base, que hoje está em 1.675,79.

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