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Governador critica ONG durante palestra

Folha de Boa Vista - www.folhabv.com.br
28 de Nov de 2008

O Governador José de Anchieta Júnior fez duras criticas ontem a atuação das ONGs na Amazônia, durante palestra sobre "desenvolvimento sustentável para Roraima", no I Encontro Estadual de Magistrados da Região Norte. O ataque foi principalmente ao Conselho Indígena de Roraima, CIR, que segundo Anchieta recebeu mais de 14 milhões de reais para tratar de saúde indígena e usou mais de 90% do recurso com pagamento de pessoal e apenas uma pequena parte para o tratamento dos índios.

Ele também criticou a política para o meio ambiente e agricultura do governo federal que trata a Amazônia como um todo e não analisa os biomas específicos de cada estado. Para ele, a agricultura é um dos pontos que devem ser desenvolvidos no estado. "Sem duvidas o modelo agroindustrial é a melhor saída para o desenvolvimento econômico de Roraima.

Anchieta criticou o posicionamento dos organismos internacionais que querem impor ao país políticas ambientais absurdas, fato que reflete diretamente no dia-a-dia da sociedade amazonida, que vive um sentimento de exclusão. E assegurou que "não podemos permitir que os países Europeus e a política Norte Americana imponham seus conceitos preservacionistas em nosso País". E lembrou que as reservas estratégicas minerais do estado, são um dos alvos da cobiça internacional, vez que as áreas indígenas demarcadas e pretensas estão justapostas nos pontos onde se encontram as jazidas.

Para o governante outro entrave para desenvolver economicamente o estado é a questão fundiária. "Temos mais de 10 milhões de hectares em plenas condições para a produção agropecuária, mas como até hoje isso não foi definido estamos estagnados. Mas acredito que quando o Lula vier a Roraima irá inaugurar a ponte sobre o Tacutu vai trazer no bolso a regulamentação da questão fundiária do estado", concluiu.

CIR- A reportagem da Folha procurou o Conselho Indígena de Roraima (CIR) mas a assessoria de comunicação informou que todos os dirigentes estavam para área indígenas. Até o fechamento da matéria eles não retornaram o contato da Folha.

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