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GLP de Urucu exportado para os EUA

Jornal do Commercio -Manaus-AM
Autor: Marcelo Vasconcelos
15 de Abr de 2002

Relatório divulgado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), mostra que o Estado do Amazonas exportou três toneladas de GLP - gás de cozinha para os Estados Unidos em janeiro deste ano. O valor da transação foi de US$ 238 mil.

O gerente de produção da Unidade de Negócios da Bacia do Solimões (Un-Bsol), Mauro Mendes, afirma que realmente foi mandado essa quantidade de GLP para o mercado americano, mas a remessa aconteceu em janeiro de 2001. "Em janeiro do ano passado mandamos uma batelada para os americanos para fazer análise de mercado" esclarece.

Mendes declara que o gás de cozinha que teve uma produção de 966 toneladas por dia no mês de março é utilizado para abastecer todos os Estados da Região Norte, mais o Estado do Maranhão. "A gente verificou que a melhor coisa a fazer com o GLP de Urucu é continuar abastecendo o Norte. Notamos que o mercado dos EUA era inviável economicamente, pois além de ser longe, tem um frete muito alto" fala.

Quando questionado sobre o preço do gás de cozinha ser tão alto no Amazonas, Mendes disse que o preço do GLP não é definido pela Petrobras. "A Petrobras apenas produz, quem estabelece preços e a Agência Nacional de Petróleo (ANP)". Para ele, se o mercado trabalhasse com liberação de preços, talvez o preço em Manaus seria mais baixo em relação a outros mercados.

Gás de Urucu é todo reinjetado

A desabilitação da empresa que iria fazer o transporte do gás natural de Urucu através de barcaças e a indefinição sobre qual modalidade será utilizada para trazer o gás até Manaus, obriga a Petrobras a reinjetar diariamente 7 milhões de metros cúbicos de gás em seus poços. De acordo com o gerente da Unidade, Mauro Mendes, a produção de gás natural no mês de março cresceu 19,2% em relação a março de 2001. Foram produzidos e reinjetados 7,5 milhões de metros cúbicos contra 6,3 milhões do ano passado.

Mendes não soube estipular qual o prejuízo que a empresa tem diariamente com a não-utilização desse gás. Mas afirma que a Petrobras deixa de ganhar receita e o governo e a sociedade deixam de fazer uma economia ao não substituir o óleo diesel, que é um produto importado e tem um valor unitário na faixa de 6 a 8 dólares o milhão de BTUs, por um produto mais barato que é o gás natural, que tem preço unitário na faixa de 2,5 dólares o milhão de BTUs. "O gás natural tem um preço muito mais competitivo que o óleo diesel" constata.

O gerente de produção informou também que a Petrobras produziu em março 57,5 mil barris por dia de óleo mais LGN, que é gasolina e GLP. Esse valor representa um incremento de 3,6% na produção de óleo mais LGN em relação a março de 2001. Mendes afirma que o pico de produção nesse 1o. trimestre aconteceu em janeiro, quando foram produzidos 59,4 mil barris/dia de óleo mais LGN e 7,6 milhões de metros cúbicos de gás por dia. "Estamos alcançando números acima dos que foram previstos para 2002" finaliza.

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