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GGI discute invasão de madeireiros peruanos na Serra do Moa

Página 20-Rio Branco-AC
31 de Jan de 2004

O Gabinete de Gestão Integrada em Segurança Pública (GGI), implantado no Acre no último dia 19 de janeiro, pelo diretor de Execução e Avaliação do Plano Nacional de Segurança Pública (Senasp), Daelson Oliveira Viana, deve se reunir pela primeira na primeira quinzena de fevereiro, para deliberar um assunto de suma importância e que deverá levar o Acre em novo destaque no cenário nacional.

O GGI vai buscar uma solução definitiva para conter a invasão de madeireiros peruanos na terra indígena Campo da Amônia, dentro da Reserva Ecológica da Serra do Moa, no Alto Juruá, onde habitam cerca de 450 famílias indígenas da etnia Ashaninkas.

Na medida em que a invasão de madeireiras peruanas avança na reserva dos Ashaninkas, aumenta a tensão na região. No local já está uma equipe de técnicos do Ibama, Funai e Exército e Polícia Federal, fazendo um diagnóstico da situação. O trabalho da equipe será objeto de um relatório a ser apresentado ao GGI. A partir daí se avalia, sairá uma solução para uma crise que se arrasta há alguns anos e foi criada pelos próprios brasileiros, na avaliação do administrador regional da Funai, Manoel Gomes da Silva.

A sugestão para a convocação do GGI, cuja coordenação geral é do secretário de Justiça e Segurança Pública do Acre, advogado e deputado estadual Fernando Melo da Costa, partiu do próprio e foi decidida durante uma reunião realizada na manhã de quinta-feira no gabinete do diretor da Secretaria Extraordinária dos Povos da Floresta, Francisco da Silva Pinhanta.

Participaram da reunião, além do próprio Pinhanta, o secretário de Justiça e Segurança Pública, Fernando Melo, o gerente regional do Ibama Marcelo Forneck, o diretor do Instituto do Meio Ambiente do Estado do Acre (IMAC), professor João de Deus e diretor da União das Nações Indígenas (UNI), Francisco Avelino e o representante da Sejusp no GGI, coronel Edvaldo Rodrigues.

Esta semana foi abortada uma missão que se deslocaria à região para um sobrevôo de helicóptero e para tomar pé da situação, devido às fortes chuvas que ocorrem nesta época do ano na Serra do Moa.

O coronel Edvaldo está com a missão de reunir o Gabinete e, obviamente trazer de volta a Rio Branco, diretor de Execução e Avaliação do Plano Nacional de Segurança Pública/Senasp, Daelson Oliveira Viana.
A reunião do GGI, que foi criado para resolver questões relevantes na área de segurança pública, justifica-se por se tratar de invasão estrangeira em território na Nacional, e portanto irá envolver o Ministério das Relações Exteriores.

É possível que a partir de uma discussão de alto nível, se coloque um ponto final nessa questão de invasões de madeireiras peruanas em território brasileiro, através da fronteira com o Acre.

A formação do gabinete é composta por um representante da Secretaria de Segurança Pública, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Sistema Estadual de Defesa Civil, Departamento de Administração Penitenciária, Polícia Civil, Departamento de Perícia Técnica, Departamento de Policia Federal, Polícia Rodoviária Federal, representante da Secretaria Nacional de Segurança Pública e ainda convidados especiais representantes do Tribunal de Justiça, Ministério Público Estadual e Federal, além de representantes da sociedade organizada com as associações de moradores.

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