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Gestores e lideranças Indígenas do Nordeste discutem convenio com IMIP

Portal da Saúde - http://portal.saude.gov.br/
09 de Out de 2011

Dando continuidade ao processo de seleção, por meio de Chamamento Público, de entidades privadas sem fins lucrativos que irão atuar na saúde indígena, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) e o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) se reuniram na sede do Instituto, em Recifi/PE, entre os dias 6 e 7 de outubro, para discussão do plano de trabalho para o desenvolvimento de ações de atenção à saúde em áreas indígenas da região nordeste.

O IMIP, uma das três entidades habilitadas no edital no 1 de 11 de agosto de 2011, apresentou proposta para atuar de forma complementar na execução de ações voltas às populações indígenas de cinco dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) da região Nordeste: DSEI Pernambuco, DSEI Bahia, DSEI Potiguara (Paraíba), DSEI Sergipe/Alagoas e DSEI Ceará. Juntos esses Distritos responde pela atenção à saúde de mais de 126 mil indígenas.

Além de conhecer a estrutura do IMIP, a reunião teve por objetivo esclarecer as dúvidas a respeito da celebração de convênios com a saúde indígena. As três entidades selecionadas têm até o dia 12 de outubro de 2011 para formalizar junto ao Sistema de Convênios (Sisconv) do governo federal um plano de trabalho para os distritos em que as entidades se dispuseram a prestar serviços.

Participaram da reunião de trabalho representantes das Diretorias de Gestão (DGESI) e de Atenção à Saúde Indígena (DASI) e da Assessoria para o Controle Social da SESAI, os chefes e representantes dos cinco DSEIs, presidentes dos Conselhos Distritais de Saúde Indígena (Condisi), representantes do IMIP e dos Núcleos Estaduais do Ministério da Saúde em Pernambuco e Sergipe. Também participaram da reunião, como observadores, os membros da diretoria da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME), Uilton Tuxá e Adlemar Jr. Pankaram.

Melhorias para saúde indígena

A Coordenadora Geral de Atenção Primária à Saúde Indígena (CGAPSI/DASI) da SESAI, Deurides Navega, reforçou a importância desse processo para a construção de um novo modelo de atenção para a saúde indígena. "Para dar certo o trabalho na saúde indígena deve ser desenvolvido sempre em parceria com os indígenas e demais atores envolvidos. É importante também buscar a integração com os conhecimentos tradicionais indígenas, esse é, inclusive, um dos objetivos estratégicos da SESAI."

A representante do Condisi Pernambuco, Carmem Pankararu, também reforçou a importância do trabalho articulado entre os profissionais de saúde e pajés, parteiras e curandeiros indígenas. "Essa articulação é um desafio para todos nós, lideranças indígenas, gestores e profissionais de saúde".

Carmem também destacou a importância do controle social para saúde indígena. "Nos lideranças também temos como missão chamar os demais atores envolvidos nas questões indígenas para suas responsabilidades, pois só assim teremos as aldeias como verdadeiros territórios produtores de saúde", se referindo à necessidade de articulação com outros setores do governo que responde pelas questões como demarcação de terras, sustentabilidade produtiva e econômica das comunidades indígenas.

Segundo Antônio Fernando, chefe do DSEI Pernambuco, a possibilidade de parceria com IMIP gera em todos uma expectativa positiva. "Essa instituição já provou sua excelência tanto no ensino quanto na prestação de serviços de saúde para o SUS. Agora a expectativa é que essa mesma qualidade seja repetida na construção de uma saúde indígena nova e melhor".

O Superintendente Geral do IMIP, Gilliatt Falbo, durante a apresentação que fez sobre o Instituto, destacou que o IMIP irá utilizar a serviço da saúde indígena toda a expertise da instituição. "Além do trabalho complementar na atenção à saúde, podemos utilizar a capacidade do IMIP na área de formação e de pesquisa, para qualificar o trabalho e os profissionais que atuam na saúde indígena"

Sobre o IMIP

Fundado em 1960, em Recife/PE, por um grupo de médicos, o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) presta atendimento exclusivo para o SUS e responde pela gestão de grandes hospitais na região Nordeste, entre eles: Hospital Dom Helder Camara e Hospital Miguel Arraes, ambos em Pernambuco, e pelo Hospital Dom Malan, em Petrolina na Bahia. Além de gerir sete das 11 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Pernambuco, entre elas as UPAs de Caruaru e Olinda. O Instituto também mantém seu próprio complexo hospitalar, um conjunto de dez prédios, incluindo o Hospital Pedro II.

O IMIP também é referência na implantação de serviços, principalmente na área de saúde infantil e da mulher e Atenção Básica. Sendo credenciado pelo Ministério da Saúde como Centro Nacional de Referência para Programas de Assistência Integral à Saúde da Mulher e da Criança, Centro Colaborador em Monitoramento e Avaliação da Atenção Básica e como Centro Colaborador para Qualidade da Gestão e Assistência Hospitalar. Foi o primeiro hospital do Brasil a receber o título de "Hospital Amigo da Criança", concedido pela Organização Mundial de Saúde/UNICEF/Ministério da Saúde.

Outra grande área de atuação do Instituto é o ensino. O IMIP mantém cursos de graduação, mestrado e doutorado em medicina e outras áreas da saúde. Também responde pela capacitação de profissionais de saúde da região Norte e Nordeste, e também na África. Na área de saúde indígena, o IMIP já atuou na formação de gestores de políticas públicas para saúde indígena e também de ações de saúde nas aldeias de Dourados (MS).

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