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Gasoduto pode gerar duas mil novas vagas (AM)

Jornal do Commercio-Manaus-AM
Autor: Margarida Galvão
04 de Mai de 2004

A projeção do Sindipetro (Sindicato dos Petroleiros do Estado do Amazonas) é de que 2.000 novas pessoas deverão trabalhar diretamente na construção do gasoduto Coari-Manaus. Com a liberação da LP (Licença Prévia) pelos governos federal e estadual, ocorrida no último dia 22, a direção da entidade acredita que é só uma questão de dias para as obras iniciarem.

O presidente do Sindipetro, Wallace Byll Pinto Monteiro, disse que a partir deste ano até 2006, haverá um incremento de empregos tanto diretos quanto indiretos em Coari, e por todos os sete municípios onde a obra vai passar.

Empresas terão energia garantida

Na opinião do sindicalista, a movimentação em torno da obra do gasoduto, que inclusive terá conotação nacional, vai propiciar a vinda de novas empresas para Manaus e interior do Estado, porque se sentirão mais confiantes com a certeza de ter uma energia garantida a um custo mais barato. "Isso com certeza vai incrementar a questão do emprego, do salário e da melhoria de vida do povo amazonense", avaliou.

Afora as 2.000 novas vagas diretas que deverão surgir nas obras do empreendimento, Byll disse que uma gama de empregos indiretos surgirão por conta dos serviços necessários, para que todos esses empregos sejam viabilizados, entre os quais de hotelaria, alimentação, além do próprio turismo, que será desenvolvido. "Tudo isso abre uma gama enorme de possibilidades, de criação de empregos, que fica difícil de se fazer uma estimativa neste momento", justificou.

Obras devem iniciar logo

Sendo a licença o passo inicial para que a Petrobras, responsável pela construção do empreendimento, consiga o licenciamento ambiental para iniciar as obras do gasoduto, Byll disse que as esperanças de concretização da construção estão em vias de acontecer. "Se o presidente Lula e o governador Eduardo Braga já assinaram a licença prévia, as chances da obra iniciar são as maiores possíveis", avaliou.

Trabalhadores ganham representatividade

A categoria é composta atualmente por cerca de 1.200 trabalhadores diretos. Apesar das divergências sindicais , o Sindipetro está reivindicando a defesa dos funcionários do setor

Vale lembrar que na Licença Prévia entregue à Petrobras pelo governo do Estado, via Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas), foram apresentados 18 condicionantes relacionados a detalhes técnicos da obra que não estavam contemplados no Epis/Rima (Estudo Prévio de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto do Meio Ambiente.

Contenda sindical

O representante dos petroleiros no Amazonas destacou que, atualmente, a categoria é formada por 1.200 trabalhadores diretos, que atuam na Reman (Refinaria de Manaus) no terminal do Solimões, em Coari. Do total, cerca de 400 do quadro da Petrobras e 800 oriundos dos quadros das empreiteiras terceirizadas.

Há uma divergência entre o Sindipetro e o Sindicato da Construção Civil do Amazonas, relativa à representatividade dos trabalhadores que irão trabalhar na construção do gasoduto.

O presidente do Sindipetro, Wallace Byll, comentou que no Ministério do Trabalho, o registro do Sindicato dos Petroleiros do Amazonas assinala com a representação de todos os trabalhadores no setor petrolífero e petroquímico. "Por uma questão legalista quem representa efetivamente esses trabalhadores somos nós", enfatizou.

Trabalho

2. 000 É a quantidade de vagas previstas pelo Sindipetro para ser geradas apenas na primeira fase de construção do gasoduto, que deverá iniciar este ano.

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