Jornal do Brasil-Rio de Janeiro-RJ
Autor: Antônio José Soares
29 de Ago de 2003
A Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectam) descobriu um garimpo clandestino na volta grande do rio Xingu, oeste do Pará. Na área, a Eletronorte projeta a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que vai gerar 11 mil megawatts de energia para abastecer o sul e o sudeste do país.
A irregularidade foi descoberta durante uma prospecção pesqueira na região de Altamira. Os fiscais encontraram, na cidade de Vitória do Xingu, cinco balsas com equipamentos usados na extração de ouro. Também receberam informações da existência de mais 60 embarcações ao longo do rio.
O fato foi comunicado ao 5o Distrito do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e à Polícia Federal, que se deslocaram para a região para autuar os garimpeiros, apreender equipamentos e contabilizar os prejuízos ambientais que a atividade pode ter causado.
Segundo o coordenador de fiscalização da Sectam, João Henrique Filho, ainda é impossível falar sobre o impacto ambiental provocado pelos mineradores, porque faltam dados como extensão da área, número de garimpos e volume de terra extraído.
Para o chefe do 5o Distrito do DNPM, João Carlos Ribeiro Cruz, existe a possibilidade da extração ilegal estar ocorrendo em área indígena. A Sectam também fiscalizou os garimpos de Ouro Roxo e Palito, no município de Itaituba, a 950 quilômetros de Belém, e descobriu que o ouro está sendo explorado ilegalmente pela empresa Serabi.
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