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Gabinete de Gerenciamento de Crise vai para a região de conflito manter a ordem

Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
24 de Nov de 2004

Aproximadamente 50 homens da área operacional das polícias Federal, Militar e Civil acertaram ontem à noite para irem nas primeiras horas da madrugada desta quarta-feira para a região de conflito, no Município de Normandia. Eles foram para a área verificar a destruição e queima de malocas, além de tentar manter a ordem no local.

A decisão de enviar homens para a região foi tomada em reunião entre os membros do gabinete de Gerenciamento de Crise do Estado. Estiveram reunidos o secretário de Segurança, João Fagundes, o comandante da Polícia Militar, Ben-Hur Gonçalves, o secretário do Índio, Adriano Francisco do Nascimento, o administrador regional da Funai, Benedito Rangel, o diretor regional Osmar Tavares e o superintendente da Polícia Federal, Francisco Mallmann.

Enquanto o Gabinete de Gerenciamento de crise se reunia no auditório da PF discutindo as ações que seriam desencadeadas em caráter de urgência, o tuxaua da comunidade Jawari, Júnior Constantino, prestava depoimento na Delegacia de Assuntos Indígenas da PF sobre os últimos acontecimentos na região de Normandia.

A reunião terminou por volta das 20 horas, e as equipes marcaram para as 2h a saída com destino às áreas onde ocorreram os conflitos que resultaram em uma tentativa de homicídio e várias casas derrubadas e queimadas.

Ao término da reunião, o secretário de segurança João Fagundes conversou com a reportagem da Folha e disse que, neste momento, é importante que a Polícia Civil se faça presente para apoiar as ações da Polícia Federal e garantir a paz entre as comunidades.

O secretário do Índio, Adriano Nascimento, disse que a situação é grave e preocupante. "Temos que acompanhar e buscar uma forma de que estas comunidades possam conviver em paz".

Nenhum outro secretário quis se pronunciar a respeito do assunto e deixaram às pressas a sede da Polícia Federal. Eles estão acompanhando pessoalmente todas as negociações e acordos de paz que possam acontecer no dia de hoje.

O superintendente da PF, Francisco Mallmann, disse apenas que todos os esforços para apurar os crimes que foram praticados serão investigados e evitar que ocorram outros entre as duas facções. (T.B.)

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