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Fundos de pensao vao investir nas hidreletricas

OESP, Economia, p.B7
22 de Jun de 2004

Fundos de pensão vão investir nas hidrelétricas
Em parceria com o BNDES, fundações criam fundo para financiar pequenas usinas
MÔNICA CIARELLI
RIO - Os maiores fundos de pensão do Brasil planejam aumentar os investimentos em infra-estrutura este ano, priorizando o setor de energia.
As fundações anunciaram a criação de um fundo, em parceria com o BNDES, para financiar pequenas usinas hidrelétricas. Com patrimônio de R$ 245 bilhões em março, elas buscam alternativas para a queda na rentabilidade de aplicações em renda fixa.
O presidente da Petros (de funcionários da Petrobrás), Wagner Pinheiro, informou ontem que o gestor será escolhido em 2 de julho. A Petros não é a única a apostar no fundo que terá de R$ 600 milhões a R$ 1,2 bilhão. A Previ (do Banco do Brasil) e a Funcef (Caixa Econômica Federal) entraram com 20% dos recursos. O restante virá de fundos como Real Grandeza (Furnas), Eletros (Eletrobrás) , Valia (Companhia Vale do Rio Doce) e Fapes (BNDES).
"Esse projeto é prioridade. Será um divisor de águas", disse o presidente da Funcef, Guilherme Lacerda, na apresentação do 2.o Seminário Internacional dos Fundos de Pensão, a ser realizado em julho. O desenho do projeto foi elaborado pelo BNDES, que analisará os investimentos que receberão recursos.
A estimativa é de que o projeto possa gerar mais de 3,3 mil megawatts de energia. Segundo Pinheiro, a operação foi apresentada à diretoria de outros fundos, como Banesprev, Eletros CEEE e Fundação Cesp. O objetivo é atrair o maior número de investidores. A rentabilidade mínima prevista é de 12% ao ano.
A Petros quer ainda tirar da gaveta a expansão de Tucuruí. O plano é retomar os estudos para a subscrição de R$ 450 milhões em debêntures da Eletrobrás para a obra.
Petrobrás - As fundações anunciaram a criação de Sociedade de Propósito Específico para alugar equipamentos para a estatal explorar petróleo e gás na Bacia de Campos. O valor do "project finance" é de R$ 180 milhões e terá rentabilidade mínima de Índice Geral de Preços ao Mercado, mais 10% ao ano, e taxa de performance pelo preço do petróleo. O projeto é piloto e poderá ser ampliado no futuro, disse Pinheiro. "Ele permite que a Petrobrás fique com os recursos liberados para outros investimentos."

OESP, 22/06/2004, p. B7

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