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Fundação fará aditivo no convênio com Ongs para cumprir transição

Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
04 de Mar de 2004

Depois das turbulências entre Organizações não Governamentais (Ongs), Ministério da Saúde e a Funasa (Fundação Nacional de Saúde), motivadas pelas novas diretrizes anunciadas para a saúde indígena, o convênio com a Urihi - entidade que cuida da assistência básica aos índios Yanomami - não será mais cancelado e um aditivo será feito para atender o período de transição. A Urihi ameaçou não renovar mais o contrato.

Conforme informou o presidente da Urihi, Cláudio Esteves, durante esse período de transição, que deve durar entre quatro a seis meses, a entidade vai repassar à Funasa todos os conhecimentos adquiridos e a forma de trabalho desenvolvida com uma parcela dos Yanomami.

A Urihi está à frente do atendimento à saúde desde janeiro de 2000 e o convênio expirará em 3 de abril. O aditivo garantirá suporte técnico-operacional a ser dado à Funasa, que vai assumir novamente a direção do setor.

Esteves disse que com anúncio das novas diretrizes a Funasa propôs à Urihi que prestasse um serviço complementar, sendo a contratadora da mão-de-obra que iria prestar serviço ao Estado. "Não aceitamos ser contratador de recursos humanos, um 'laranja' da Funasa", disse.

Hoje, conforme explicou, a Funasa já está estudando uma alternativa para viabilizar essa mão-de-obra e que há uma intenção da Funasa em reaproveitar os funcionários da Urihi. No total, são 145 profissionais, sendo que 115 trabalham no campo e o restante na parte administrativa.

"Queremos acreditar que a Funasa fará um bom trabalho. Faremos o possível para passar à Funasa, durante o período de transição, a nossa capacidade operacional e a experiência acumulada. Vamos fazer todo o possível para dar continuidade à assistência à saúde dos yanomami", disse.

Cláudio Esteves disse que a Urihi continuará atuando no Estado. Ela deverá buscar formalizar novos convênios em outras áreas como, por exemplo, de educação para trabalhar na área indígena.

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