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Funcionários pedem providências ao MPF contra cancelamento de vôo

Folha de Boa Vista -Boa Vista-RR
09 de Nov de 2005

Os funcionários da Funasa levaram um documento ao Ministério Público Federal solicitando providências em relação ao cancelamento de vôo para área indígena Yanomami e Ye'kuana. Segundo eles, a Fundação está sendo inoperante em relação à execução da assistência a saúde que está novamente paralisada.
O presidente do sindicato, José Rondinelle Rodrigues, disse também que no posto Aratha-u quatro funcionários estão sendo hostilizados por garimpeiros que invadiram a área, sem que nenhuma medida seja tomada para garantir a segurança dos profissionais. "Fizemos inúmeros apelos à Polícia Federal, Funai e ao próprio Ministério Público. A equipe não pode nem ser retirada de lá, apesar dos riscos que está correndo", disse.
Rodrigues contou ainda que nos dias 05 e 07 deixaram de ocorrer vôos de rotina nos pólos-base de Ericó, Waikas, Uraricoera, Saúba, Toototobi, Balawaú e Demini para as mudanças das equipes. Estariam saindo 10 profissionais e entrando outros 19.
"Como os vôos não aconteceram, as pessoas que deveriam sair acabaram obrigadas a permanecer após um período de 30 dias, mesmo sem alimentação e em uma situação de abandono e constrangimento sem precedentes".
O sindicato alertou ainda ao Ministério Público que a interrupção dos vôos compromete também o atendimento como um todo, já que a remoção de pacientes graves para Boa Vista está suspensa, bem como o suprimento do estoque de medicamentos das farmácias e outros insumos necessários à execução dos programas de saúde. "É particularmente preocupante a interrupção do controle da malária e tratamento das tuberculoses nessas regiões".
Outro problema abordado pelo sindicato é em relação a 36 pacientes indígenas que estão de alta hospitalar e permanecem na Casa do Índio, em Boa Vista, além de seis agentes indígenas que aguardam transporte de retorno para suas comunidades. "Além disso, faltam medicamentos básicos, como soro fisiológico e alguns antibióticos. Solicitamos ao MPF que tome as providências cabíveis para que os distritos voltem a funcionar com urgência", frisou.(Folha de Boa Vista, 09.11.05)

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