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Funasa volta a distribuir cestas em MS

O Progresso
Autor: Luciana Vicente
23 de Mar de 2007

DOURADOS - A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) voltou a distribuir cestas básicas em Mato Grosso do Sul. Ontem, a entrega dos alimentos foi nas aldeias dos distritos indígenas de Panambi e Panambizinho. As famílias cadastradas receberam um total de 300 kits.

Em todo Estado, existem 13 pólos básicos que deverão ser contemplados com as cestas básicas. As aldeias de Panambi e Panambizinho foram as duas primeiras localidades. Hoje a entrega pode ser feita na Reserva de Dourados. A distribuição depende da chegada dos kits. A previsão é de encaminhar somente no pólo local 1.600 cestas de 44 quilos às famílias com crianças de até seis anos de idade e outras 800 cestas de 22 quilos às famílias com filhos acima dessa faixa etária. Foi a forma encontrada pela Funasa para atender um número maior de indígenas. É que a quantidade de alimentos destinado às aldeias seria suficiente apenas para montar 11 mil cestas de 44 quilos. Com o desmembramento o número sobe para 14 mil e chega bem perto do ideal estabelecido pela Fundação, que é de 15 mil.

Por causa de um atraso na distribuição as famílias indígenas de Mato Grosso do Sul ficaram quase um mês sem receber as cestas, entre janeiro e fevereiro. A entrega voltou a ser feita no mês passado e foi retomada agora. Este ano quatro crianças já morreram em decorrência de problemas relacionados à desnutrição, embora a Funasa reconheça apenas três casos.

Com o atraso, a distribuição dos kits passou a ser de responsabilidade da Fundação de Saúde, que depende da ajuda do Governo do Estado e dos Municípios para viabilizar o trabalho. Nélson Olazar é quem coordena a entrega pela Funasa em Mato Grosso do Sul. O chefe de operações do Distrito Sanitário Indígena afirma que eles tiveram que esperar até agora para distribuir as cestas porque o Governo do Estado teve que comprar uma máquina para embalar os alimentos e também disponibilizar um barracão, contratar pessoas para fazer o serviço e providenciar as máquinas. "Cabe ao Estado e aos municípios fazer o transporte. Acreditamos que agora que o processo inicial já está em andamento, a tendência é de que o esquema flua melhor".

No início da semana lideranças da Reserva de Dourados fizeram uma reunião pedindo esclarecimentos sobre as datas em que receberiam as cestas e a quantidade encaminhada. Eles chegaram a ameaçar o fechamento de rodovias e dizem esperar para o quanto antes a vinda dos alimentos.

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