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Funasa implantará o método de "Ciclo de Vida" em MS

MS Notícias - www.msnoticias.com.br
19 de Jun de 2008

O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) da Funasa de Mato Grosso do Sul participou nos dias 17 e 18 de junho do Seminário "Ciclo de Vida da População Indígena". Esta metodologia de atenção à saúde é recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e utilizada pelo Ministério da Saúde junto à população não índia.

A Funasa de Mato Grosso do Sul será a primeira do país a adequar os métodos do ciclo de vida para as populações indígenas, o grande diferencial deste novo método é que o indivíduo passar a ser analisado de uma forma mais ampla e complexa, são levados em conta vários fatores tais como: ambiente familiar, situação sócio-econômica, cultural e todas as influências de acordo com as características de cada região.

Com o objetivo de particularizar e explorar individualmente o atendimento em cada aldeia de Mato Grosso do Sul, é que a Funasa deverá implantar esta nova metodologia no atendimento à saúde indígena. No seminário realizado na sede da Coordenação Regional, estiveram presentes os técnicos do Distrito Sanitário Especial Indígena além de representantes dos 13 pólos bases e 2 sub-pólos do Estado. A intenção é regionalizar o atendimento pelas comunidades, analisando individualmente os problemas enfrentados, assim será possível traçar metas e desenvolver programas mais eficazes de acordo com cada situação.

No mês de maio, o Distrito Sanitário Especial Indígena da Funasa de Mato Grosso do Sul atingiu o menor índice de mortalidade infantil desde 1999. Agora com o novo método de atendimento do ciclo de vida, o atendimento deverá ser feito de forma mais ampla, tanto o indivíduo como a sua família serão analisados. De acordo com o chefe do Distrito Sanitário Especial Indígena da Funasa de MS, Nelson Olazar, a partir de agora a saúde indígena passará a ser enxergada de uma forma mais ampla.

"O indígena a partir de agora será trabalhado por uma ótica diferente, passaremos a enxergar a família toda e todas as características que as envolvem, além disso, será feito um atendimento bio-psico-social dos indivíduos", afirma Nelson.

Ao todo, o seminário de adequação do Ciclo de Vida para as populações indígenas será composto por 4 módulos até o fim do ano, neste primeiro encontro realizado nos dias 17 e 18, o objetivo foi explicar aos presentes o funcionamento deste novo método e como será possível adequá-lo à saúde indígena. Assim foram feitas construções qualitativas e pedidos de levantamento de dados aos representantes dos pólos-bases presentes no seminário.

No segundo módulo, que deverá ser realizado em meados de agosto, estas informações já colhidas pelos pólos junto às equipes multidisciplinares e comunidade serão analisadas. O método é composto por 4 ciclos, 2 destinados à infância, um para os adolescentes e um para a maturidade e idosos.

No fim do ano, será elaborado pelo DSEI um relatório com a evolução dos indicadores epidemiológicos e a avaliação detalhada dos 4 módulos do Ciclo de Vida. As necessidades de cada região deixarão de ser apenas registros estatísticos, ganhando caráter mais pessoal e detalhado. O documento será encaminhado ao DESAI - Departamento de Saúde Indígena da Funasa em Brasília. Este será o primeiro relatório do método Ciclo de Vida destinado à população indígena do Brasil.

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