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Funasa emite nota de esclarecimento sobe morte de criança indígena

Correio do Estado - http://www.correiodoestado.com.br/
Autor: Vivianne Nunes
23 de Set de 2010

A assessoria de comunicação da Funasa (Fundação Nacional do Trabalho) divulgou há pouco uma nota de esclarecimento em que o órgão presta esclarecimentos sobre as recentes providências adotadas no Estado sobre os conflitos entre fazendeiros e índios, que têm dificultado o atendimento das equipes de saúde da instituição à comunidade indígena. O fato teria resultado na morte de uma criança da etnia Guarani Kaiowá, de 3 anos de idade e do sexo masculino, nesta quarta-feira (22).

Segundo a nota, o primeiro atendimento foi prestado pela equipe médica da Casa de Apoio à Saúde Indígena de Amambai. O menino teria sido levado ao Hospital Regional do município por volta de 12h30min, mas o quadro teria se agravado no decorrer do dia com diarréia, vômitos, febre e distensão abdominal. Ele morreu às 20h

Representantes da Funasa, do MPF (Ministério Público Federal) de Ponta Porã e da Secretaria Municipal de Saúde Coronel Sapucaia vão reunir-se em Amambai hoje para discutir o problema do conflito na região. Na oportunidade eles pretendem elaborar um plano emergencial de intervenção dos órgãos envolvidos.

A nota explica ainda que um dia antes da morte do jovem indígena, representantes da Funasa e do MPF de Ponta Porã haviam se reunido para discutir as ações de atenção básica à saúde em áreas de litígios, localizadas no extremo sul do estado. Diz a nota que "naquele encontro, foi definida a realização de uma avaliação na região e de forma integrada entre Funasa, Funai e MPF para verificar as condições de vida dos indígenas nas áreas de conflito de Y´poí e de Kurusú Ambá".

O órgão explica ainda que vem enfrentando dificuldades em realizar ações de saúde de forma continuada em regiões de conflitos por terras no Estado de Mato Grosso do Sul por conta da insegurança ocasionada para as equipes de saúde além das dificuldades de acesso e por se tratar de propriedades particulares que não se configuram como terras indígenas.

Ainda conforme a nota de esclarecimento, o Estado possui a segunda maior população indígena do País com 68 mil indivíduos e que a Fundação tem realizado com sucesso ações de assistência à saúde dessa população em todos os 28 municípios, com reflexos na melhoria significativa dos indicadores de saúde.

A Funasa diz que implantou em todas as aldeias os programas de atenção básica preconizada pelo Ministério da Saúde, tais com imunização, controle da tuberculose, saneamento básico, vigilância nutricional e saúde materno/infantil, dentro outros.

O órgão destaca também que o envio de equipes de saúde somente é adiado quando o fato representa risco de morte para os próprios técnicos de saúde.

A orientação da Funasa é para que os indígenas procurem a aldeia de Taquapery, no mesmo município, onde há um posto de saúde próximo à área de litígio, a cerca de 8 km, com infraestrutura para atendimento médico.

A dificuldade em se prestar o devido atendimento médico foi apresentada durante reunião no dia 15 de dezembro do ano passado com os representantes das mesmas instituições. Na ocasião, o Ministério Público Federal expôs as dificuldades de se prestar auxilio aos indígenas doentes ou aos que necessitem de algum tipo de apoio da Funasa e de outras entidades públicas.

com informações da assessoria

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