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Funasa define combate a mortalidade de crianças indígenas como nova prioridade

Radiobrás
Autor: Clara Mousinho
19 de Jun de 2007

Brasília - Lideranças indígenas se encontram esta semana com representantes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para definir as ações de saúde dos índios para o segundo semestre de 2007. O presidente da Funasa, Danilo Forte, afirmou hoje (19), durante a abertura do evento, que a prioridade da fundação vai ser o combate a mortalidade infantil.

"A mortalidade infantil dos índios é a prioridade número um da Funasa. Estamos estruturando um programa de saneamento dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que vai levar água potável para 90% das tribos do Brasil. Com isso, você diminui o vetor responsável por 58% da mortalidade infantil, que é a falta de saneamento", calcula Forte.

De acordo com dados do Departamento de Saúde Indígena (Desai), o índice de mortalidade infantil entre os índios foi de 40 crianças a cada 1.000 nascidos vivos. No resto do Brasil, esse número é de 26,6 crianças, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O presidente da Funasa disse que o órgão vai fazer o acompanhamento nutricional das crianças indígenas de 0 a 5 anos. Além disso, realizará o pré-natal das índias. Segundo Forte, outro problema que atinge os índios é a malária. Dados do Desai revelam que, no ano passado, foram registrados 29.842 casos da doença. "A malária é uma questão complicada porque ninguém controla o fator mosquito, que depende das variações climáticas."

O encontro de lideranças indígenas vai até quinta-feira (21). Segundo a coordenadora do Fórum de Conselhos Distritais de Saúde Indígena, Carmen Pakararú, durante o evento, serão discutidos pontos como a organização de serviços de saúde, reestruturação do conselho e fortalecimento do controle social dos distritos indígenas.

"O controle social é necessário para que as ações se fortaleçam e que a comunidade participe. O maior interesse do controle social é fazer com que a comunidade realmente faça parte da saúde indígena. Só através dos conselhos organizados nós podemos planejar, acompanhar e avaliar as ações", avalia Carmem Pakararú.

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