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Funasa de MS discute saúde mental de indígenas

Funasa
09 de Abr de 2008

Está sendo realizado esta semana na sede da Coordenação Regional da Funasa de Mato Grosso do Sul (Core/MS) um encontro sobre saúde mental envolvendo psicólogos, psiquiatras, técnicos de saúde indígena e demais profissionais. O objetivo é discutir e analisar as causas e conseqüências do alto número de violência e suicídios envolvendo comunidades indígenas, principalmente nas aldeias Guarani-Kaiowá na região sul do Estado.

As reuniões estão sendo ministradas pelo médico psiquiatra com doutorado em psiquiatria indígena, Carlos Coloma, e o coordenador das equipes multidisciplinares da Funasa, Zelik Trajber. Esteve presente na abertura da reunião o coordenador regional da Funasa de Mato Grosso do Sul, Flávio Britto.

As equipes de saúde da Core/MS que atuam nas aldeias da região sul do estado estão iniciando no Brasil um trabalho pioneiro junto aos indígenas por meio da implantação do Programa de Saúde Mental.

No encontro, que acontece até a próxima sexta-feira (11), serão discutidas as diferenças culturais e espirituais dessas comunidades, como o problema do alcoolismo tem agravado os problemas de violência nas aldeias e como compreender o suicídio na ótica da cultura indígena. Na ocasião, serão ouvidos vários profissionais que trabalham diretamente com as comunidades para que se tracem metas e programas que possam intervir e solucionar tais problemas.

"Enquanto para nós o suicídio significa uma agressão física a si próprio, para algumas etnias que acreditam na continuidade do espírito, em uma vida em outro plano, esse ato pode significar uma cura, uma libertação, por isso é essencial que se crie mecanismos de identificação dos grupos de risco", conclui Zelik.

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