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13 de Mai de 2010
A Fundação Nacional de Saúde, por meio da Casa de Apoio à Saúde Indígena - Casai - em Campo Grande recebe índios das 75 aldeias de Mato Grosso do Sul e estados vizinhos que necessitam de consulta e tratamento em hospitais de alta complexidade, atende a um ano e dois meses um paciente de 12 anos da Aldeia Amambai (MS), portador de aplasia de medula, um tipo de leucemia (câncer no sangue).
Depois de várias tentativas frustradas de encontrar compatibilidade para o transplante de medula entre a família, Jaquison Benites vai passar por uma experiência inédita no Estado, graças à compreensão e ao amor incondicional da mãe de Jesabel Benites, índia da etnia Kaiowá, que já tem 4 filhos e engravidou novamente para doar as células tronco do bebê, na tentativa de salvar a vida do mais velho.
O parto cezariana de Jesabel, 33 anos, atualmente na trigésima oitava semana de gravidez, está agendado para segunda-feira (17/05) no Hospital Regional em Campo Grande, sob a supervisão do médico hematologista Marcelo Souza, responsável técnico pelo Centro de Tratamento de Doenças Hematológicas de Mato Grosso do Sul.
O cordão umbilical com as células tronco será retirado com a ajuda de um kit especial fornecido pelo Instituto do Câncer (INCA) e encaminhado para um laboratório no Rio de Janeiro onde será avaliada a compatibilidade entre as novas células e o paciente.
Se compatível, os médicos vão aguardar a estabilização do estado de saúde de Jaquison para que esteja pronto a realizar a intervenção cirúrgica, na tentativa de salvar a vida da criança.
Segundo o coordenador regional da FUNASA em Mato Grosso do Sul Flávio Britto, o Sistema Único de Saúde cobre os custos para o armazenamento e conservação do cordão umbilical, "O procedimento só será possível pelo empenho da equipe do Hospital Regional, que durante o último ano tem acolhido o Jaquison em várias internações, em períodos em que ocorre queda de imunidade causada pela doença, deixando-o vários dias internado com as transfusões de sangue semanais", disse Britto.
"Estamos tentando salvar a vida do Jaquison com a ajuda da família dele, isso é o mais importante neste momento. Vamos torcer para que haja compatibilidade, já que existem chances", destacou o médico Marcelo Souza.
Enquanto aguarda o irmão nascer e os exames de compatibilidade ficarem prontos, Jaquison precisa de transfusões de sangue semanais em função da queda constante de plaquetas (glóbulos brancos) em função da leucemia.
Doações de sangue A positivo podem ser feitas no Hospital Regional em Campo Grande, destinadas a Jaquison Benites.
http://www.funasa.gov.br:8080/siscanot/noticias/not_2010/not.php?cod=377
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