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Funasa confirma surto, mas diz que as áreas estão monitoradas

Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
11 de Ago de 2005

O coordenador regional da Funasa, Ramiro Teixeira, confirmou que existe um surto de diarréia em alguns dos pólos atendidos na área Yanomami, mas disse que o problema está sendo monitorado e controlado pelos técnicos da fundação.
"Sob o ponto de vista epidemiológico, a diarréia aumenta durante o inverno, mas é um surto que está sendo monitorado e controlado. Estamos fazendo bloqueio das áreas afetadas e os profissionais que estão na área estão com um grande suprimento de medicamentos", afirmou.
Teixeira confirmou ainda que realmente houve um óbito na área, mas disse que a morte não tem nenhum vínculo com o atraso de salário dos profissionais. "Nós explicamos a situação do atraso e pedimos que continuassem trabalhando normalmente. Eles não saíram da área yanomami e continuam atendendo. O óbito foi em função de um problema cultural", disse.
O coordenador acrescentou que está entrando em contato com a maior liderança yanomami, Davi Kopenawa, para fazer o acompanhamento do pessoal na área.
"Estamos deslocando mais técnicos para a área para evitar o aumento de casos. Temos lá suprimentos e insumos, além de aeronaves disponíveis para intervir no momento em que for necessário. O distrito tomou todas as providências. Quanto ao atraso de salário, existe sim, mas estamos envidando esforços para que se faça a regularização de forma imediata. Entendemos que a cobrança é justa e que o salário tem que ser pago de maneira regular, porque se o cidadão presta serviço tem que ter compromisso de receber em dia".
Teixeira explicou que fez gestão junto à presidência da Funasa, pedindo que intercedesse na regularização urgente no pagamento para que fossem regularizados os salários até o final da semana. "O que está acontecendo é que houve mudança de ministro e de presidente da Funasa, e isso juntou-se ao problema de ajuste de prestação de contas. A gente entende a preocupação dos servidores, acha justas as reivindicações e estamos lutando para tudo ser normalizado", frisou.(

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