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Funai vem a MS identificar terras

Dourados Agora-Dourados-MS
Autor: Honório Jacometto
20 de Mai de 2005

Índios de Mato Grosso do Sul podem conseguir demarcação de quase 11 mil hectares no Sul do Estado. foto: Hedio Fazan
Grupo de Trabalho chega a Dourados semana que vem para estudar áreas em disputa
TERRAS SÃO EM DOURADINA E PONTA PORÃ E SOMAM MAIS DE 10 MIL HA

Um grupo de trabalho da Funai - Fundação Nacional do Índio - chega a Dourados no começo da semana que vem para identificar áreas reivindicadas pelos índios como territórios indígenas. As áres ficam nos municípios de Douradina e Ponta Porã. O grupo que vem a Mato Grosso do Sul é formado por um antropólogo, um ambientalista e um técnico que vai fazer avaliação das benfeitorias dos imóveis que poderão ser desapropriados para se transformar em reservas indígenas.

Em Ponta Porã o grupo vai estudar a situação de guaranis e caiuás que estão reivindicando 8,8 mil hectares na aldeia Lima Campo. A área estudada pela Funai há mais de quatro anos e se ficar comprovada que é um território indígena, mais de 30 produtores rurais da região podem perder as propriedades.
Em Douradina a situação é parecida. O grupo irá até a aldeia Lagoa Rica onde moram guaranis e caiuás que reclamam que estão vivendo confinados em pouco mais de 400 hectares, quando têm em mãos um documento de 1973 mostrando que a área pertencente à comunidade ultrapassa os 2 mil hectares. Se a área também for reconhecida território indígena, mais de 30 proprietários terão de abandonar as terras.

REPERCUSSÃO
O grupo da Funai, à princípio vinha a Mato Grosso do Sul apenas para identificar a área em Ponta Porã, mas depois da notícia divulgada na capa de O PROGRESSO, segunda-feira desta semana, informando que os índios de Douradina tinham marcado data para ocupar propriedades na região, a Funai também resolveu mandar a equipe para conversar com a comunidade da aldeia Lagoa Rica.

Semana passada, quando o presidente da Funai, Mércio Gomes Pereira esteve em Dourados, os índios de Douradina entregaram reivindicações ao presidente e o capitão da aldeia, Faride Mariano de Lima chegou a dizer que a comunidade ia esperar até dia 10 de junho para que a Funai resolvesse a situação, caso contrário iria ocupar as propriedades que ficam em frente à aldeia.

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